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Passageiros enfrentam superlotação: Greve do metrô do Recife chega ao 23º dia

Funcionários mantêm paralisação com circulação restrita nos horários de pico, enquanto usuários enfrentam dificuldades e reivindicações persistem.

Metrô Recife
Foto: Reprodução

A greve dos funcionários do Metrô do Recife, iniciada em 2 de agosto, alcançou seu 23º dia hoje, deixando os passageiros dependentes do transporte público em situações de aperto e incômodo. A paralisação, liderada pelo Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro), tem afetado significativamente a rotina dos cidadãos, com as estações operando apenas durante os horários de pico, das 5h30 às 8h30 e das 17h às 20h.

As cenas de superlotação têm se tornado comuns, com imagens impactantes compartilhadas por passageiros através do WhatsApp. Em Estação Barro, na Zona Oeste do Recife, os passageiros se espremem para entrar nos vagões, enquanto na Estação Camaragibe, no Grande Recife, a plataforma se vê tomada por um grande número de pessoas aguardando o metrô.

O Sindmetro e seus filiados mantêm uma série de reivindicações. Entre elas estão o pedido de um reajuste salarial de 7% no piso atual de R$ 1.954,04, a retirada da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) do Programa Nacional de Desestatização (PND) do governo federal, garantias de estabilidade e realocação dos funcionários em caso de privatização, além de uma reestruturação do sistema metroviário.

Desde o dia 18 deste mês, em cumprimento a uma determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), o Sindmetro assegura a circulação de 100% da frota nos horários de pico. Entretanto, fora desses intervalos, as 36 estações do metrô permanecem fechadas, ampliando as dificuldades enfrentadas pelos usuários.

A fim de mitigar os impactos da greve, o Grande Recife Consórcio de Transporte lançou três linhas especiais de ônibus e reforçou outras 18 rotas já existentes. Contudo, a demanda crescente e a restrição dos horários de operação do metrô têm levado a inconvenientes frequentes para os passageiros.

A greve também atraiu a atenção de parlamentares de Brasília, que realizaram uma vistoria no sistema na tentativa de encontrar soluções para a situação. No entanto, a possibilidade de privatização da CBTU, responsável pelo metrô, foi um assunto evitado nas entrevistas realizadas durante a visita.


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