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China reafirma imparcialidade na crise ucraniana durante ligação diplomática com Rússia

Diplomacia chinesa busca solução política e atuação construtiva nas negociações internacionais sobre conflito na Ucrânia.

Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e o principal diplomata da China
Foto:Alexander Nemenov/AFP/Getty Images

O principal diplomata chinês, Wang Yi, reiterou a posição "imparcial" da China em relação ao conflito na Ucrânia, durante uma ligação telefônica com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov. Wang salientou a independência diplomática da China e sua busca por uma solução política durante a crise, conforme divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores chinês.

A conversa entre Wang e Lavrov ocorreu logo após discussões envolvendo cerca de 40 nações, incluindo aliados-chave da Ucrânia, como os Estados Unidos, Grã-Bretanha e Alemanha, além de nações do Oriente Médio e Índia. O grupo enfatizou a importância do diálogo internacional para alcançar uma resolução pacífica, conforme informou a mídia saudita oficial.

Sergei Lavrov expressou apreço pelo papel "construtivo" desempenhado pela China na busca por uma resolução política da crise ucraniana. A participação chinesa nas negociações em Jeddah foi vista como um "avanço histórico" pelo ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba.

A China, sob a liderança de Xi Jinping, tem mantido laços econômicos, diplomáticos e de segurança com a Rússia, apesar da invasão russa na Ucrânia, uma postura que tem gerado controvérsias e afetado sua reputação na Europa. O país asiático reforçou seus esforços diplomáticos na tentativa de reavivar relações com parceiros econômicos na Europa e no Oriente Médio.

A participação da China nas negociações não alterou sua posição sobre o conflito. Pequim continuará buscando o diálogo com base em sua proposta de 12 pontos para uma solução política, que diverge da visão ucraniana ao não incluir a retirada das tropas russas. Esta proposta, apresentada anteriormente por Pequim, destaca a necessidade de negociações de paz, mas é criticada por permitir à Rússia consolidar ganhos obtidos durante a guerra.

Na ligação entre Wang e Lavrov, foram discutidos também os interesses de ambas as nações na arena internacional. Ambos os líderes enfatizaram a importância de trabalhar estrategicamente para promover uma ordem mundial multipolar, em oposição à influência ocidental. A ligação entre os dois diplomatas marcou o retorno de Wang Yi à posição de ministro das Relações Exteriores, após a substituição repentina de seu sucessor, Qin Gang.

A posição da China como mediadora nas negociações da crise ucraniana reflete seu papel em busca da paz e estabilidade globais, apesar dos desafios e interesses diplomáticos em jogo.

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