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Diplomacia brasileira não condena diretamente invasão russa, mas vice-presidente diz apoiar Ucrânia

Bolsonaro não fez uma declaração pública hoje sobre os acontecimentos na Ucrânia

Bolsonaro e Putin
Foto: Alan Santos/PR

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou um breve comunicado nesta quinta-feira, pedindo a “suspensão imediata das hostilidades e o início das negociações” após a invasão russa da Ucrânia.

“O Brasil pede a suspensão imediata das hostilidades e o início das negociações que levem a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk e que leve em consideração os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil”, disse. disse o comunicado da diplomacia brasileira.

Notavelmente, a declaração não chama os movimentos russos no território ucraniano de “invasão”.

O presidente Jair Bolsonaro, que se encontrou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na semana passada e expressou “solidariedade” à Rússia, não fez uma declaração pública hoje.

A posição do governo brasileiro sobre a Rússia e a Ucrânia não parece unânime. Falando à imprensa na manhã desta quinta-feira, o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, condenou a invasão russa da Ucrânia e pediu ações além das sanções econômicas ao governo de Putin.

“O mundo ocidental é o mesmo (lugar) que era em 1938 com Hitler, com base no apaziguamento, e Putin não respeitou o apaziguamento. Essa é a verdade", disse Mourão. "Na minha opinião, meras sanções econômicas - que é uma forma intermediária de sanção - não funcionam."

Ele também disse que uma ação significativa é necessária por parte dos aliados para fornecer apoio militar aos ucranianos.

"É necessário o uso da força, um apoio à Ucrânia, mais do que o que está sendo colocado. Essa é a minha opinião. Se o mundo ocidental deixar a Ucrânia cair, a Bulgária será a próxima, depois os Estados Bálticos e assim por diante. Assim como A Alemanha de Hitler fez na década de 1930", disse ele.

Mourão diz que o Brasil apoia a Ucrânia.

“O Brasil não é neutro. O Brasil deixou bem claro que respeita a soberania da Ucrânia. Então o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano.”

De Rodrigo Pedroso, da CNN, em São Paulo

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