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Grávidas que receberam a primeira dose da AstraZeneca podem receber a segunda dose com a Pfizer em Pernambuco


Foto: Arthur Mota


As 2.609 gestantes e puérperas que receberam, em Pernambuco, a primeira dose da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca deverão completar, preferencialmente, o esquema vacinal com o imunizante da fabricante Pfizer. A recomendação foi dada pelo Ministério da Saúde (MS) na segunda-feira (26) e foi confirmada pelo Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação contra a Covid-19 em reunião na tarde do mesmo dia.

"É essencial completar o esquema vacinal das grávidas e puérperas pernambucanas que receberam a primeira dose da AstraZeneca para assegurar a alta eficácia dos imunizantes, principalmente por sabermos que as gestantes, por si só, são consideradas grupo de risco para agravamento da covid-19. De maneira geral, as vacinas contra o novo coronavírus não são intercambiáveis, mas os recentes estudos publicados apontam que o esquema heterólogo com o imunizante de vetor viral da AstraZeneca e a vacina de RNAm da fabricante Pfizer gerou uma resposta imune robusta e boa segurança, o que nos dá maior tranquilidade em seguir com esta recomendação”, afirma o secretário estadual de Saúde, André Longo.

“Antes, a orientação era de aplicar a segunda dose da AstraZeneca das gestantes que haviam tomado a primeira dose do fabricante somente após o puerpério (período de 45 dias pós-parto). Agora, estamos autorizados a completar o esquema vacinal com a Pfizer, respeitando o intervalo normal, de até 90 dias, da primeira dose do imunizante. Os municípios devem ficar atentos à nova recomendação e agilizar a vacinação das suas gestantes e puérperas”, disse a superintendente de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), Ana Catarina de Melo.

A mudança na vacinação ocorreu após um evento raro, mas que causou a morte de uma gestante vacinada em 10 de maio. O caso levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a recomendar a suspensão do uso da vacina AstraZeneca contra Covid-19 em grávidas.

Apesar da recomendação e das mudanças na vacinação, a Anvisa esclareceu:

"Caso de trombose com plaquetopenia é um evento adverso muito raro, potencialmente relacionado a vacinas que usam adenovírus como plataforma tais como as vacinas de Oxford/Astrazeneca/Fiocruz e da Janssen, aprovadas para uso no Brasil";

"A bula da vacina Oxford/Astrazeneca/Fiocruz é Categoria C, isto é, os dados apresentados até o momento são insuficientes para fundamentar um risco associado com a vacina. Sendo assim, como medida de precaução, a vacinação de gestante não é recomendada";

"A Anvisa mantém a recomendação de continuidade da vacinação com o referido imunizante dentro das indicações descritas em bula, uma vez que, até o momento, os benefícios superam os riscos."

A bula da AstraZeneca diz que o imunizante "não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica": "Informe o seu profissional de saúde se você estiver grávida, amamentando, pensando engravidar ou planejando ter um bebê. Há dados limitados sobre o uso da vacina Covid-19 (recombinante) em mulheres grávidas ou que estejam amamentando. Seu profissional de saúde discutirá com você se você pode receber a vacina".

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