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Mauro Cid firma acordo de delação premiada com a Polícia Federal

Investigação inclui venda de relógios e joias recebidos pelo ex-presidente, aguardando aval do Ministério Público Federal

Mauro Cid
Foto: Sergio Lima/Poder 360

A Polícia Federal confirmou a aceitação de um acordo de delação premiada com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com informações obtidas pelo jornal O Globo, um termo de intenção já foi assinado pelo ex-ajudante de ordens e está em posse dos investigadores. As tratativas foram inicialmente reveladas pelo blog da jornalista Andréia Sadi, do G1.

Nesta quarta-feira, Cid compareceu ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes e se reuniu com o juiz auxiliar Marco Antonio Vargas, onde foi atestada sua intenção em firmar o acordo "por livre e espontânea vontade". No entanto, a viabilidade da colaboração ainda depende do aval do Ministério Público Federal e da posterior homologação pelo ministro do Supremo Tribunal Federal. A data para essas etapas ainda não foi definida.

Cid, que se encontra detido desde maio por conta de outro inquérito relacionado a uma suposta fraude em cartão de vacina, é investigado por sua participação, juntamente com seu pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid, na venda de relógios e joias recebidos por Bolsonaro de outros chefes de estado, bem como de outros itens de luxo.

Durante o período inicial de detenção, Cid optou pelo silêncio em seus depoimentos, mas recentemente mudou sua estratégia e passou a colaborar com os investigadores, coincidindo com a troca de advogado, quando Cezar Bitencourt assumiu a defesa do tenente-coronel no início de agosto.

Bitencourt, em sua nova posição como advogado de Cid, afirmou que seu cliente estava disposto a prestar um novo depoimento assumindo as negociações para a revenda do relógio Rolex, alegando que agiu sob as orientações de seu então chefe, Bolsonaro, e que inclusive devolveu o valor recebido pela joia em espécie. Entretanto, Bitencourt tem apresentado diferentes versões sobre a participação de Cid nas negociações envolvendo joias recebidas em viagens oficiais desde que assumiu sua defesa.

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