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Ex-presidente Michel Temer critica movimento de Lula em recompensar Dilma após arquivamento de ação

Em entrevista, Temer comenta sobre o impeachment de Dilma Rousseff e defende medidas de sua gestão.

Michel Temer
Foto: Reprodução

Em uma entrevista à revista veja na última sexta-feira (1º), o ex-presidente Michel Temer fez críticas ao movimento do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em busca de recompensar Dilma Rousseff (PT) após o arquivamento de uma ação contra a ex-mandatária. O tribunal regional federal da 1ª região (TRF-1) manteve o arquivamento da ação referente às chamadas "pedaladas fiscais," levando petistas a pressionarem por medidas compensatórias.

Temer argumentou que Dilma já havia sido recompensada ao ser nomeada presidente do banco dos Brics por Lula no início do ano. Ele também destacou que a sentença do TRF-1 não representava um exame de mérito, mas sim uma decisão que levou em consideração uma determinação do Supremo Tribunal Federal, que impede que alguém seja responsabilizado politicamente e penalizado em outro tribunal pelo mesmo fato.

O ex-presidente classificou o impeachment de Dilma como um "golpe de sorte" e lamentou a revisão verbal feita por algumas pessoas para questionar se ela cometeu ou não o crime de responsabilidade das "pedaladas fiscais." Temer enfatizou que o impeachment não foi um golpe e que resultou em várias reformas durante seu governo, reformas que, segundo ele, o povo não vê como golpe.

Dilma Rousseff foi temporariamente afastada do cargo em maio de 2016 quando a Câmara dos Deputados acolheu a possibilidade do impeachment, e Temer assumiu a Presidência. Três meses depois, em agosto, a petista foi condenada no processo e perdeu o cargo em definitivo.

O pedido de destituição, elaborado por várias pessoas, incluindo a agora ex-deputada estadual Janaina Paschoal, alegava que Dilma havia cometido crime de responsabilidade por meio das "pedaladas fiscais," que consistiam em atrasar pagamentos a bancos e autarquias federais como forma de maquiar as contas públicas.

Na mesma entrevista, Michel Temer defendeu as medidas implementadas durante sua gestão, que ocorreu entre 2016 e 2018, incluindo a reforma trabalhista e o programa do novo Ensino Médio. No entanto, ele elogiou a conduta de Fernando Haddad à frente do ministério da fazenda atualmente, bem como o projeto do novo arcabouço fiscal em tramitação no congresso.

Temer observou que desde o início do atual governo, fala-se em revogar a reforma trabalhista, mas até o momento, nada foi feito. Ele também destacou a adaptação do teto de gastos, comparando-a com a política de seu governo, onde o teto era aplicar a inflação do ano anterior ao novo orçamento, enquanto atualmente é a inflação mais um percentual da receita líquida.

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