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Divisão de Estratégias: Discrepâncias entre as Defesas de Bolsonaro e Michelle no Caso das Joias

Enquanto defesa do ex-presidente busca unificação, equipe de Michelle Bolsonaro opta por estratégia independente diante das joias recebidas como presente no exterior.

Michelle e Bolsonaro
Foto: Reprodução

Nos bastidores jurídicos, uma divisão de estratégias vem à tona no caso das joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em suas viagens internacionais. Enquanto a defesa do ex-presidente quer a unificação das estratégias de ambos, a equipe que representa Michelle Bolsonaro opta por uma abordagem independente, marcando a discordância entre as partes envolvidas.

A defesa do ex-presidente tem firmado sua posição a favor da união das estratégias de Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro, visando uma proteção conjunta no desenrolar do caso das joias. No entanto, essa perspectiva não encontra concordância por parte da defesa da ex-primeira-dama, que busca traçar um caminho distinto para lidar com a situação.

A estratégia proposta pela equipe de Michelle Bolsonaro espelha um episódio anterior, quando a ex-primeira-dama enfrentou acusações relacionadas a cheques no valor total de R$ 89 mil depositados em sua conta por Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente. Na ocasião, Jair Bolsonaro praticamente absolveu Michelle de qualquer envolvimento, alegando que os depósitos correspondiam à devolução de um empréstimo feito por ele a Queiroz. Uma vez mais, a defesa almeja dissociar Michelle das possíveis implicações, reiterando a ideia de que as joias seriam propriedade de Jair Bolsonaro, enquanto a ex-primeira-dama não possuía conhecimento prévio dos presentes.

Advogados contrários à unificação das estratégias argumentam que essa divergência é crucial para blindar Michelle Bolsonaro legalmente. Eles sustentam que a única maneira eficaz de protegê-la é se Jair Bolsonaro assumir a posse das joias, colocando-a em posição de não conhecimento quanto às mesmas. Qualquer outra abordagem, de acordo com esses advogados, poderia se mostrar prejudicial tanto no âmbito judiciário quanto no cenário político.

Um elemento diferenciador nesse cenário é a elegibilidade de Michelle Bolsonaro, que pode sofrer consequências políticas e eleitorais em caso de condenação no caso das joias. Diante desse fato, os assessores próximos da ex-primeira-dama sustentam que ela deve se distanciar da defesa de Jair Bolsonaro, a despeito do desejo do círculo mais próximo da equipe que representa o ex-presidente em unificar as estratégias.


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