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Caramujos-Gigantes Retornam à Praia de Boa Viagem: Alerta de Riscos à Saúde

Biólogo adverte sobre infestação desses moluscos e seus potenciais riscos à saúde humana.

Caramujos-gigantes-africanos, que estão na Praia de Boa Viagem, são moluscos que se reproduzem de forma muito grande e podem causar problema sério de saúde
Foto: GABRIEL FERREIRA/JC IMAGEM

Os caramujos-gigantes reaparecem na Praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, levantando preocupações sobre a saúde pública. A concentração desses moluscos, sobretudo na região do Segundo Jardim, suscita alertas por parte do biólogo Leandro Alberto.

A presença maciça desses caramujos já havia chamado a atenção da população e das autoridades sanitárias em agosto de 2022, no mesmo local.

Caramujo-Gigante: Potencial Transmissor de Meningite


Segundo o professor de biologia, Leandro Alberto, esses animais, conhecidos cientificamente como Achatina fulica e popularmente como caramujos-gigantes-africanos, podem ser portadores de um verme que transmite a meningite eosinofílica aos seres humanos. Alberto adverte para a necessidade de precauções, incluindo o uso de luvas ao manusear esses caramujos e cuidado ao caminhar descalço nas praias, onde a população desses animais é significativa.

Caramujo-Gigante: Medidas de Prevenção em Caso de Contato


Leandro Alberto também oferece orientações à população: "É fundamental evitar o contato direto com esses caramujos. Caso seja necessário, o manuseio deve ser feito com luvas, e o animal deve ser colocado imediatamente em um saco, com suas conchas quebradas, e cal deve ser aplicado sobre ele." Alberto explica que o cal é eficaz na eliminação do verme causador da doença.

Por que a Praia de Boa Viagem, na altura do Segundo Jardim, está infestada de caramujos-gigantes?


"Eles podem ser trazidos pela correnteza, especialmente durante a temporada de chuvas. Os ovos desses animais são estrategicamente depositados em locais como gramados, onde se desenvolvem e se reproduzem eficazmente", explica Leandro. Além disso, o biólogo ressalta que o caramujo-gigante-africano tem um método de reprodução cruzada, sendo hermafrodita e capaz de liberar de 600 a 800 ovos por animal, resultando em uma prole que pode chegar a 1.600 indivíduos. Portanto, é necessário um cuidado especial com esses caramujos.

Posição da Prefeitura do Recife sobre os Caramujos-Gigantes


A Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife emitiu uma nota informando que a Vigilância Ambiental do município está monitorando a área e orientando os moradores, trabalhadores e frequentadores sobre medidas de precaução, incluindo o correto descarte de lixo para evitar o aparecimento dos caramujos.

A Sesau acrescenta que, quando os moluscos são encontrados em áreas públicas, a Vigilância Ambiental realiza ações em conjunto com a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) para sua remoção e descarte adequados. Segundo a secretaria, os caramujos recolhidos em 2022 foram analisados no Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen/PE) e não foram encontrados parasitas, o que significa que não representam risco de transmissão de zoonoses aos seres humanos.

A Sesau destaca que esse trabalho está sendo realizado regularmente e continuará até que a população desses moluscos na área diminua. A população é aconselhada a evitar o contato direto com esses caramujos ou caminhar descalça em áreas onde eles são encontrados.

A proliferação do caramujo-gigante-africano ocorre esporadicamente e em locais com alta umidade, de acordo com a Secretaria de Saúde do Recife, que atribui esse fenômeno a um período recente de chuvas intensas na capital pernambucana.

A população pode solicitar orientação dos agentes de saúde ambiental e controle de endemias (asaces) por meio da Ouvidoria do SUS, pelo telefone 0800 2811520, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, ou pelo site da prefeitura, em qualquer horário.

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