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Operação investiga suspeita de 'rachadinha' de ex-vereador na Câmara Municipal de Ipojuca

Policiais começaram a apurar esquema em setembro de 2020, antes das eleições municipais ocorridas naquele ano. Alvos não tiveram nome divulgado.

Câmara Municipal de Ipojuca, no Grande Recife — Foto: João Neto/TV Globo

A Polícia Civil de Pernambuco desencadeou, nesta quinta-feira (10), uma operação para investigar a suspeita de um esquema de "rachadinha" na Câmara Municipal de Ipojuca, no Grande Recife. Os alvos da ação, que não tiveram os nomes divulgados, são suspeitos de lavagem de dinheiro e peculato, que é crime cometido por funcionário público.

Ao todo, foram emitidos 20 mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e bloqueio de ativos financeiros. Segundo a Polícia Civil, eles são cumpridos em endereços em Ipojuca e em Gravatá, no Agreste do estado. Não foram detalhados quais bens foram sequestrados e qual o valor dos bloqueios.

A investigação que resultou na operação desta quinta-feira, denominada Compartilhado, começou em setembro de 2020 e é coordenada pelos delegados Viviane Santa Cruz e Diogo Melo Victor, ambos da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado.

Em nota, a Câmara de Ipojuca afirmou que "coopera e vai cooperar com o que for preciso para elucidar os fatos" e ressaltou que a investigação começou antes da atual legislatura, iniciada em 2021, após as eleições municipais de 2020.

Uma audiência pública para discutir a lei orçamentária de 2023 estava marcada para esta quinta-feira na Câmara. No entanto, nenhum dos 13 vereadores compareceu e a reunião foi adiada para a próxima semana, segundo apurou a TV Globo.

O crime de "rachadinha", ou desvio de salário de assessor, é uma prática de corrupção caracterizada pelo repasse de parte dos salários de assessores para político ou secretário a partir de um acordo pré-estabelecido ou como exigência para a função

A Polícia Civil não detalhou, até a última atualização desta reportagem, como o suposto esquema funcionaria, nem quem são os suspeitos de envolvimento no crime.

Através da assessoria de imprensa, a corporação afirmou que informações sobre a ação devem ser divulgados em coletiva com os delegados ainda nesta quinta.

Os materiais apreendidos foram encaminhados para a sede do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco), no Recife.

G1

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