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PSB realiza congresso nacional do partido com a presença de Lula e Alckmin

Abertura oficial do XV Congresso Constituinte da Autorreforma do PSB
Foto: Ruy Baron

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, iniciou seu discurso na abertura do XV Congresso Constituinte da Autorreforma, na noite desta quinta-feira (28), defendendo a renovação do sistema político a partir da mudança do próprio partido. O PSB encerra, neste sábado (30), sua autorreforma com a aprovação de um programa atualizado com propostas para um projeto nacional de desenvolvimento.

A autorreforma do PSB é resultado de mais de dois anos de debates, com ampla participação de militantes e da sociedade civil, para atualizar seu manifesto e programa, criado em 1947. Eles serão o guia dos socialistas nos próximos anos do século XXI. As discussões tiveram início no fim de 2019, com um congresso nacional, no Rio de Janeiro, e desde então, foi construído por milhares de mãos de pessoas do país inteiro, destacou Siqueira.

“A minha primeira palavra é de agradecimento à militância pela colaboração, pelo entusiasmo com que acolheram a ideia da autorreforma”, afirmou o presidente do PSB. “Para nós socialistas, fazer uma renovação na política é começar a mudar o nosso próprio partido, para modernizá-lo, para atualizar seu programa e manifesto, sabendo que os partidos em geral não são um fim em si mesmo, mas devem ter objetivos muitos claros”, defendeu.

Abertura oficial do XV Congresso Constituinte da Autorreforma do PSB
Foto: Ruy Baron

A abertura do evento contou com as presenças do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de lideranças do PSB e de outros partidos, como a ex-primeira dama de Pernambuco Renata Campos, os ex-governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin e Márcio França, além dos governadores socialistas Carlos Brandão (Maranhão), João Azevêdo (Paraíba), Paulo Câmara (Pernambuco) e Renato Casagrande (Espírito Santo).

Também estiveram presentes o prefeito do Recife, João Campos, que falou pelos prefeitos, o líder do PSB na Câmara, Bira do Pindaré, o ex-governador Flávio Dino, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, os líderes do PT na Câmara e no Senado, Reginaldo Lopes e Paulo Rocha, respectivamente, entre outros.

Siqueira afirmou que os partidos precisam responder aos desafios da sociedade e disse que o PSB quer ser instrumento de luta e transformação social. “O partido precisa pensar sobre o Brasil. O que nós queremos do Brasil? Qual é a proposta do Partido Socialista Brasileiro para o Brasil?”, provocou, citando algumas ideias da autorreforma, como educação de qualidade desde o ensino básico e o ingresso da indústria na era da revolução tecnológica.

Para Siqueira, a eleição de Bolsonaro à Presidência da República é uma consequência clara de que o atual sistema político está “falido” e que precisa de uma renovação, começando pela redução do número de partidos e pela formação de siglas fortes, ideológicas e programáticas. “Nós enxergamos que, em 2018, nós tivemos o pior resultado da política da história brasileira. Temos que saber que algumas coisas estavam erradas. Nós também erramos e, portanto, precisamos consertar”, afirmou.

Siqueira ressaltou ainda que o PSB quer dar não só a sua contribuição eleitoral em 2022, mas, sobretudo, programática. “Fizemos propostas muito completas, que serão levadas por escrito ao comitê do pré-candidato a presidente Lula. Queremos dar uma contribuição muito qualificada à política brasileira. Agradeço à militância, que acolheu de forma entusiasmada a ideia do novo programa”, afirmou.

Durante o evento, mais de mil socialistas seguiram, de forma entusiasmada, a soprano Janete Dornelas no hino nacional. Os presentes também cantaram os hinos da Internacional Socialista e da Autorreforma, este último composto especialmente para o Congresso.

Ato cultural e homenagem ao sindicalista pernambucano José Rodrigues

O ato cultural contou com peças do um pout-pourri de três obras de Heitor Villa Lobos: O Trenzinho do Caipira, Melodia Sentimental e Bachianas Brasileiras nº 5.

Entre um discurso e outro, o presidente Carlos Siqueira fez uma homenagem ao sindicalista pernambucano José Rodrigues. Liderança reconhecida por sua atuação em defesa dos direitos das famílias camponesas, José Rodrigues presidiu a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Pernambuco (Fetape).

O líder sindical nasceu em Bom Jardim (PE) e ingressou jovem no Movimento Sindical Rural. Na Fetape, ele é considerado fundamental no movimento durante o período da ditadura civil-militar.

José Rodrigues presidiu o CTB Pernambuco e ocupava o cargo de presidente do STR de Bom Jardim, além de ser diretor nacional da CTB e dirigente do sindicalismo socialista.

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