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Uso de hidroxicloroquina com azitromicina estão associados a lesão renal aguda, aponta estudo da Unifesp

Uso da cloroquina no tratamento da COVID-19 divide classe médica.
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou que, entre os pacientes internados com o novo coronavírus, 71,2% deles apresentavam lesão renal aguda (LRA). Fatores como histórico de hipertensão e tratamento combinado de hidroxicloroquina com azitromicina — medicamentos presentes no “kit Covid” — estavam fortemente associados a essa condição nos rins.

“Fizemos uma análise retrospectiva dos pacientes internados que evoluíram com LRA, identificando associações clínicas e laboratoriais”, explica Miguel Angelo Goes, docente da disciplina de Nefrologia na Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) e um dos cientistas envolvidos na pesquisa. “Olhamos para trás para entender que alterações no organismo poderiam levar a esse desfecho [LRA]”.

O uso de hidroxicloroquina com azitromicina foi associado a 50% dos casos de lesão renal aguda -- entre os que não evoluíram para LRA, a frequência na utilização dessa combinação foi de 30%.

Os medicamentos usados no chamado "kit covid" não possuem eficácia comprovada para combater ou prevenir da covid-19, mas ainda assim segue sendo promovido pelo presidente da república e seus apoiadores.

Fonte: Mariana Nakajuni para Agência Einstein

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