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A violência de cada dia

Imagem: Divulgação

Violência e medo são dois elementos psicossociais emaranhados que, certamente, marcam profundamente nossa vida hoje em dia. Pois bem, partindo desse ponto, o que temos a dizer sobre violência, e como ela impera em nosso meio trazendo paralelamente o medo e a insegurança que nos assolam vinte e quatro horas por dia?

Um psicanalista que dirigiu seus esforços para a compreensão da violência foi Jurandir Freire Costa, que produziu uma série de artigos profundos sobre esta problemática, sempre a partir de um ponto de vista não apenas teórico, mas, sobretudo prático.

Ele fala: “A violência se manifesta por meio da autocracia, da opressão e do abuso da força”. Ocorre do constrangimento exercido sobre alguma pessoa para obrigá-la a fazer ou deixar de fazer um ato qualquer’’. Existem diversas formas de violência, tais como as guerras, tumultos étnico-religiosos e a marginalização. Em seus mais variados contornos, é um acontecimento histórico na construção da sociedade.

Embora diversos fatores colaborem para o aumento da violência, podemos considerar o consumo como uma fonte insaciável de ambição, uma vez que é frustrada pelas dificuldades de inclusão no mercado de trabalho.

Pior que tudo isso é constatar que a violência existe, e é alimentada com a conivência de grupos representantes dos mais variados setores . As causas da violência são associadas, em parte, a problemas sociais como miséria, fome, desemprego. Mas nem todos os tipos de criminalidade derivam das condições econômicas. Além disso, um Sistema ineficiente contribui para aumentar a sensação de injustiça e impunidade, que é, talvez, a principal causa da violência.

A violência se apresenta nas mais diversas configurações, e pode ser caracterizada como violência contra a mulher, a criança, o idoso, violência sexual, política, violência psicológica, física, verbal, no campo, no trânsito, entre outras.

A abordagem hoje não foi para a figura do agressor, pois sabemos que, as experiências com nossas figuras de referência são determinantes em nossa personalidade.

Mas trazer ao conciente que não se trata de vencer uma batalha contra o agressor, mas sim contra a violência. Qualquer tipo de violência subtrai, então muito do trabalho com vítimas de violência é reforçar, juntar e restaurar a recuperação da confiança no próprio julgamento e autoestima, até alcançar esse sentimento de liberdade.

Não camufle, nem pinte o agressor. Violência sempre deixa rastros ,e muitas vezes irreparáveis.

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Até a próxima.

Precisa de ajuda? Entre em contato.

Ana Gonçalo.

Contatos para consultas: (81) 993570145

Instagram @ psicanalista_anafreud

Pelo e-mail anacgcp@gmail.com


Citações;

· Jurandir Freire Costa- Violência e Psicanálise (1986)

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