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PSB em paz com o PT de Dilma

eduardo-e-dilmaAE – Depois de três horas de reunião no Palácio da Alvorada, o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, deixou o local ontem à noite anunciando que “a paz está selada” e que não há a menor intenção de envolver a presidente Dilma Rousseff em um debate sobre eleições municipais.

“A presidente disse muito bem que não é para confundir uma eleição municipal com um projeto nacional, onde somos aliados e estamos do mesmo lado há muitos anos e todos reafirmamos o desejo de permanecer assim”, declarou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que participou do jantar, e falou em nome da presidente Dilma.

Os problemas envolvendo o PT, partido da presidente, e o PSB se agravaram quando os aliados romperam a aliança nas disputas das eleições para as prefeituras de Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, levando os dois partidos a lançarem candidaturas próprias e a surgirem notícias a movimentação do partido estava ligada à intenção do governador pernambucano em se cacifar para sair candidato ao Planalto em 2014. Em resposta a estas ilações, Eduardo Campos anunciou apoio do PSB à reeleição da presidente Dilma.

“Nossa tarefa é ajudá-la a fazer um grande governo e poder ser reeleita”, disse o governador pernambucano, assegurando que a presidente Dilma “tem esta prerrogativa (de disputar as eleições em 2014)”. E emendou: “nós não entendemos como o PSB, a esta altura, vai colocar uma candidatura se não existe esse campo político e se nós fôssemos ter uma candidatura, nós deixaríamos o governo hoje e passaríamos a dizer à sociedade brasileira qual é a divergência que nos separa da presidente Dilma.”
Inimigo oculto

Para Campos, esta intriga está sendo criada por quem quer “vender à presidente Dilma um inimigo oculto, criar e fabricar um inimigo, para, em troca, querer oferecer um apoio fisiológico e atrasado”. Depois de destacar que o PSB é um partido que “tem identidade histórica”, trabalha “sem submissão” e “não somos um partido satélite”, Campos afirmou ainda que o partido “soma e não divide” e que a presidente “sabe quem somos nós, de onde nós viemos, qual é o conteúdo da relação”.

Questionado se fazia referência ao PMDB, o governador se esquivou: “vocês sabem quem são, vocês falam todos os dias com eles.” Em seguida, Eduardo Campos alfinetou: “eu tenho certeza que ela confia mais no PSB do que em outros aliados que ficam vendendo a toda hora na imprensa que o PSB é inimigo da presidente Dilma.”

Sobre a intenção de os partidos aliados usarem a figura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas campanhas pelo país, Eduardo Campos sentenciou: “uma liderança do tamanho de Lula não pode ser puxada para qualquer disputa municipal, sobretudo quando tem pessoas que acompanharam de um lado e de outro.” Para Campos “isso é um desserviço ao Brasil”.

E completou: “Lula é uma liderança que está acima dos partidos. É maior do que o PT, maior do PSB, PC do B e PDT juntos. Lula é uma referência do povo e não pode transformar o Lula em um instrumento de lutas politicas passageiras.”

Segundo Eduardo Campos, “não interessa ao PSB ou à presidente Dilma criar qualquer crise ou qualquer dificuldade”. E emendou: “a presidente tem claro que o PSB é um partido de primeira hora, é um aliado correto, que traz conteúdo positivo para o seu governo e que o objetivo do partido é ajudá-la a fazer um grande mandato para poder ser uma candidata em 2014 com apoio do PSB”.

O governador pernambucano fez questão de ressaltar que o PSB estava “satisfeito” com tratamento dado ao partido por Dilma. “O PSB tem estado ao lado da presidente Dilma nas votações mais difíceis que ela enfrentou como Código Florestal e DRU e temos uma enorme simpatia pela forma dela governar. Além disso, ela tem ouvido os governadores e a direção do PSB. Portanto, não temos nenhum motivo para reclamar da atenção e do zelo da presidente Dilma com o PSB”. Ele reiterou ainda que por isso mesmo, “não vamos trazer para o plano estadual ou nacional as divergências de um plano aqui, outro acolá”.

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