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Ciclone extratropical deixa rastro de destruição e 22 mortos no Sul do Brasil

Tempestades, enchentes e ventos de até 110 km/h causam tragédias no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Região Sul do Brasil
Foto: MarceloCamours/Instagram

Até na última terça-feira (5), o Sul do Brasil viveu momentos de intensa tragédia causados por um ciclone extratropical que se formou no último domingo (3). O evento meteorológico deixou um saldo de 22 mortos, sendo 21 no Rio Grande do Sul e uma em Santa Catarina.

No Rio Grande do Sul, a região central foi a mais atingida, com 15 das 21 vítimas fatais registradas em uma única residência na cidade de Muçum. Outras seis mortes ocorreram em municípios do norte gaúcho, incluindo Mato Castelhano, Passo Fundo, Ibiraiaras e Estrela. Um trágico incidente ocorreu no Rio Taquari durante uma tentativa de resgate por helicóptero, resultando na morte de uma mulher e em ferimentos graves para um policial socorrista.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, lamentou profundamente as perdas e destacou que este é o maior número de mortes já registrado em um evento climático no estado. Além das fatalidades, a região sofreu com inundações, deslizamentos de terra, queda de granizo, ventos fortes e tempestades.

Santa Catarina também sentiu os efeitos devastadores do ciclone, com um homem perdendo a vida após um carro ser atingido pela queda de uma árvore durante uma ventania de 110 km/h em Jupiá.

Os estragos causados pelas tempestades foram significativos em ambos os estados. Santa Catarina confirmou a ocorrência de um tornado em Santa Cecília. No Rio Grande do Sul, o Rio Taquari inundou diversas cidades, incluindo Muçum, Roca Sales, Lajeado, Estrela, Arroio do Meio, Encantado e Colinas, com o rio permanecendo acima da cota de inundação em várias localidades. O Rio Caí também representou um risco significativo, com alertas de inundação e deslizamentos de terra.

A Defesa Civil gaúcha relatou que 62 municípios foram afetados, com mais de 25 mil pessoas impactadas. Felizmente, o número de desalojados foi reduzido, mas os danos materiais incluem 309 casas destelhadas e três destruídas.

Diante da tragédia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou solidariedade à população afetada e anunciou que o governo federal enviará ajuda, com representantes do Desenvolvimento Regional e da Defesa Civil indo ao Rio Grande do Sul para prestar assistência.

A mobilização para o resgate e apoio às vítimas também envolveu a Polícia Rodoviária Federal, o Exército e a Marinha do Brasil, que forneceram aeronaves, embarcações e pessoal para as operações de salvamento.

A previsão do tempo indica que as chuvas continuarão na região nos próximos dias, com a Marinha alertando para ressacas no litoral. A população do Sul do Brasil enfrenta um desafio árduo pela frente, mas a solidariedade e a cooperação entre os governos federal, estadual e municipal são fundamentais para superar essa crise e ajudar as comunidades afetadas a se recuperarem.

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