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Taxa de desocupação no Brasil atinge menor nível desde 2014, aponta IBGE

Resultado da Pnad contínua revela redução para 7,9% no trimestre encerrado em julho de 2023, impulsionada pelo crescimento da ocupação.

Empregos
  Foto: Marcelo Camargo/AGB

A taxa de desocupação no Brasil registrou um marco significativo, atingindo seu menor nível desde 2014, com um resultado de 7,9% no trimestre encerrado em julho de 2023, conforme divulgado pelo instituto brasileiro de geografia estatística (IBGE) através da pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua (Pnad Contínua). Esse índice representa uma queda de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior, que apresentava 8,5%, e uma redução de 1,2 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a taxa estava em 9,1%.

O destaque dessa conquista recai sobre o incremento da ocupação, como indicado por Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad. A expansão da força de trabalho foi a principal responsável pelo recuo da taxa de desocupação, conforme explicado por Beringuy, atribuindo essa melhoria ao crescimento do número de pessoas empregadas.

Após dois trimestres de declínio, o número de pessoas ocupadas no Brasil voltou a crescer, atingindo a marca de 99,3 milhões no período em análise, o que representa um aumento de 1,3 milhão em relação ao trimestre anterior, compreendido entre fevereiro e abril. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o crescimento na ocupação foi de 0,7%, equivalente a 669 mil novos postos de trabalho, indicando a retomada gradual do mercado de trabalho após os impactos da pandemia.

A melhora na ocupação também se manifestou em diferentes formas de emprego. No comparativo trimestral, destaca-se o crescimento do emprego sem carteira assinada, que registrou um aumento de 4%, equivalente a mais de 503 mil pessoas, totalizando 13,2 milhões de trabalhadores nessa modalidade. Já no cenário anual, o aumento mais notável ocorreu entre os empregados com carteira assinada, com uma expansão de 3,4%, correspondendo a 1,2 milhão de pessoas, totalizando um contingente de 37 milhões de empregados nessa categoria.

Por outro lado, o número de trabalhadores por conta própria permaneceu estável em relação ao trimestre anterior, totalizando 25,2 milhões, porém, houve uma queda de 2,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A pesquisa também apontou que a taxa de informalidade, considerando trabalhadores sem carteira assinada e aqueles que atuam por conta própria sem CNPJ, se manteve em 39,1%, próximo ao índice do trimestre anterior.

Além disso, a pesquisa do IBGE evidenciou uma queda na taxa de subutilização, que chegou a 17,8%, representando uma diminuição de 3,1 p.p. em relação ao ano anterior. A população desalentada, que consiste em pessoas que gostariam de trabalhar mas desistiram de procurar emprego, se manteve estável em relação ao trimestre anterior, totalizando 3,7 milhões de indivíduos nessa situação.

No âmbito dos rendimentos, a média salarial dos brasileiros alcançou R$ 2.935, mantendo-se estável em comparação ao trimestre anterior, e apresentando um crescimento de 5,1% em relação ao mesmo período de 2022, descontada a inflação.

Em resumo, os resultados da Pnad Contínua do IBGE indicam uma trajetória positiva no mercado de trabalho brasileiro, marcada pela redução na taxa de desocupação para seu menor nível em quase uma década, impulsionada pelo aumento da ocupação e por mudanças na estrutura de empregos. O cenário sinaliza uma gradual recuperação econômica, embora alguns desafios persistam.


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