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Exército Receia Possíveis Prisões após Ação Similar à Cúpula da PM do DF

Comandante do Exército mantém diálogo com a PGR em meio a preocupações de desdobramentos semelhantes à Operação Incúria.

Exército
Foto: Reprodução

O comandante do Exército, General Tomás Miguel Ribeiro Paiva, esteve em contato com o subprocurador Carlos Frederico na Procuradoria Geral da República (PGR) nesta semana, levantando apreensões quanto a possíveis prisões que possam recair sobre membros das Forças Armadas, similares à operação que recentemente atingiu a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF). Os temores são consequência direta da Operação Incúria, desencadeada em 18 de agosto pela PGR e pela Polícia Federal, culminando em sete prisões preventivas e cinco mandados de busca e apreensão.

A Operação Incúria, resultante de uma denúncia apresentada esta semana pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR ao Supremo Tribunal Federal, direcionou-se a integrantes e ex-integrantes de destaque na hierarquia da PM-DF. A acusação se fundamenta na alegação de que a cúpula da corporação não agiu de forma eficaz para conter atos de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes. O motivo alegado é um suposto alinhamento ideológico com os manifestantes de caráter golpista.

Entre os indivíduos alvo da operação estavam o Coronel Klepter Rosa Gonçalves, atual comandante-geral da PM-DF, o Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-comandante do 1º Comando de Policiamento Regional, e o Coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, ex-chefe interino do Departamento de Operações (DOP) da PM. Também figuram na lista o Coronel Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do DOP, o Major Flávio Silvestre de Alencar, responsável pelo 6º Batalhão da PMDF, e o Tenente Rafael Pereira Martins, envolvido nos atos antidemocráticos. O Coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da PM-DF, também foi mencionado, tendo estado de folga no dia dos incidentes.

As acusações que recaem sobre esses indivíduos incluem uma série de crimes, tais como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado, bem como violações à Lei Orgânica e ao Regimento Interno da PM. A cúpula da PM-DF alega que a Corregedoria está monitorando de perto o caso, enquanto a PGR e a Polícia Federal seguem com as investigações.

Diante dessa recente ação e das suas repercussões, o General Tomás Miguel Ribeiro Paiva buscou uma aproximação com a PGR, mantendo conversas com o subprocurador Carlos Frederico, visando entender as implicações para os militares do Exército. Os temores residem na possibilidade de um paralelo ocorrer e impactar membros das Forças Armadas, como ocorreu com a cúpula da PM-DF.

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