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Descobertas da escavação no DOI-Codi de São Paulo podem ser usadas como provas em processos judiciais

As investigações no principal centro de repressão da ditadura encontraram material biológico


DOI-Codi
Foto: Renata Bitar/G1


Um grupo de pesquisadores de diversas universidades, incluindo a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), realizou uma escavação no DOI-Codi de São Paulo, no último sábado (12). Durante a pesquisa, foram encontrados vestígios, incluindo inscrições na parede e material biológico, que possivelmente é sangue. 

Esses achados podem ser utilizados como provas em processos judiciais, além de ajudar a sustentar uma ação para transformar o antigo centro de repressão em um memorial. O termino da exploração, que começou em 2 de agosto, está marcada para a tarde desta segunda-feira (14).

O DOI-Codi, que foi o principal centro de repressão do Brasil durante a ditadura militar (1964-1985), abrigou aproximadamente 7.000 pessoas entre 1969 e 1983, sendo atribuídas a instituição entre 52 a 79 mortes causadas por agentes do órgão. 

André Zarankin, um dos envolvidos na pesquisa, revelou que foram encontrados entre 350 a 400 objetos durante a escavação, incluindo um vidro de tinta para caneta e carimbo no espaço onde os sequestrados eram fichados. A iniciativa busca esclarecer as violações de direitos humanos ocorridas durante a ditadura militar no Brasil e contribuir para a memória histórica do país.

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