Bancada do Solidariedade na Alepe adere à base de apoio da governadora Raquel Lyra

Ex-deputada Marília Arraes, líder do partido em Pernambuco, não foi consultada previamente sobre a decisão.

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Em entrevista à Rádio Folha, o líder da bancada do Solidariedade na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Luciano Duque, anunciou que a maioria dos parlamentares do partido irá integrar a base de apoio à governadora Raquel Lyra, do PSDB. O posicionamento coloca o Solidariedade ao lado do governo estadual, o que representa uma mudança significativa, visto que a legenda era liderada por Marília Arraes, ex-deputada e adversária direta de Raquel nas últimas eleições.

Dos quatro parlamentares do Solidariedade na Alepe, apenas Lula Cabral permanecerá independente, enquanto Fabrizio Ferraz, Gustavo Gouveia e o próprio Luciano Duque votarão alinhados com o Governo para atender aos interesses do Estado.

Fabrizio Ferraz revelou que, desde junho, ele e Gustavo Gouveia já haviam se encontrado com a governadora para comunicar que votariam alinhados com o governo. Entretanto, até o momento, não foram discutidas vantagens específicas para o partido nessa aliança política.

Marília Arraes, que preside o Solidariedade em Pernambuco, não foi previamente comunicada sobre a decisão da maioria dos deputados do partido em relação à nova posição política. Fabrizio Ferraz enfatizou que a legenda é independente e que sua postura de oposição ao governo anterior era uma forma de apoiar a candidatura de Marília na eleição, não vinculando o partido a uma postura opositora permanente.

Na próxima semana, Fabrizio e os demais membros do partido pretendem se reunir com Marília Arraes para comunicar oficialmente a decisão e discutir os rumos da legenda. O deputado não descarta a possibilidade de mudança de sigla, dependendo do direcionamento que o partido seguirá sob a presidência de Arraes.

Sobre possíveis cargos que o Solidariedade possa ocupar nessa nova conjuntura, Fabrizio afirmou que, até o momento, o compromisso acordado com a governadora se limita a votar a favor das pautas de interesse do povo pernambucano, mas que é natural da política buscar espaços dentro do governo.