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Ex-ajudante de Bolsonaro, Mauro Cid, fez movimentação atípica de R$ 3,7 milhões diz Coaf

O conselho afirmou que os valores das transações são "incompatíveis" com o patrimônio de Cid


Mauro Cid
Foto: Reprodução


O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão responsável pelo combate à lavagem de dinheiro, informou que Mauro Cid, ex-ajudante do ex-presidente Jair Bolsonaro, movimentou R$ 3,7 milhões entre julho de 2022 e maio de 2023, valor “incompatível” com o patrimônio dele.

A informação foi enviada para Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, que investiga a invasão golpista ao Planalto, neste ano. A Coaf identificou R$ 1,63 milhão em créditos e R$ 2,11 milhões em débitos, muito distante do salário que Cid recebia como militar, cerca de R$ 26 mil.

"[Foi identificada] movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira do cliente", relatou o Coaf. A defesa de Cid alega que todas as transações foram feitas dentro da lei, inclusive aquelas referentes a transferências internacionais, são lícitas e já foram esclarecidas para a Polícia Federal".

Em janeiro, foi registrada uma movimentação de R$ 367,3 mil da conta do tenente-coronel para os Estados Unidos, onde Cid e Bolsonaro estavam na época. O Coaf acredita que a transação pode ter sido uma forma de ocultar os bens.

"Considerando a movimentação elevada, o que poderia indicar tentativa de burla fiscal e/ou ocultação de patrimônio e demais atipicidades apontadas, comunicamos pela possibilidade de constituir-se indícios do crime de lavagem de dinheiro ou com ele relacionar-se”, afirmou o conselho.

Mauro Cid está preso, desde maio, em prisão preventiva por causa da operação da Polícia Federal que investiga um esquema de falsificação de cartões de vacinação de Bolsonaro e outras pessoas próximas.

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