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Ação que pode tornar Carla Zambelli inelegível vai ser julgada na Justiça de São Paulo

A deputada é investigada por compartilhar informações falsas sobre o processo eleitoral


Foto: Michael Jesus/Câmara dos Deputados


O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gonçalves, determinou o retorno de duas ações contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para a Justiça Eleitoral de São Paulo.

A defesa da deputada entrou com um pedido para que o caso continuasse em julgamento no TSE, mas ambas justificativas do ministro para devolver as ações baseiam-se na falta de competência da Corte de Brasília.

"A Corregedoria Regional Eleitoral de São Paulo é o órgão competente para o processamento originário da presente ação, em que são partes deputadas federais, eleitas por aquele estado, e em que se discute suposto abuso de poder que teria maculado a eleição da investigada", disse Gonçalves.

Uma das ações protocolada pela deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP) pede a inelegibilidade da parlamentar do PL, alegando que Zambelli compartilhou desinformação sobre as urnas eletrônicas.

A defesa da deputada alegou que as ações possuem conexão, ou seja, tem as mesmas partes e pedidos, com outras duas ações que seguem no TSE, investigando a deputada, Jair Bolsonaro, seus filhos e apoiadores do ex-presidente.

A estratégia da defesa poderia favorecer o julgamento, porque uma decisão favorável a um réu tem a possibilidade de ser aplicada nos demais. Entretanto, o ministro negou haver conexão entre os processos.

A transferência para a Justiça Eleitoral de São Paulo pode deixar Zambelli mais próxima da cassação do mandato. As ações investigadas são do mesmo tipo que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível.

No momento a deputada segue sem advogado, depois da chefe da defesa Karina Kufa deixar o processo na quinta-feira (05) passada. Zambelli terá que fazer a própria defesa.

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