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Assembleia de Deus diz em carta que punirá membros de esquerda

Redigido por lideranças em São Paulo, o informativo disseminou ameaças e fake news para atacar a campanha do ex-presidente Lula (PT)

Jair Bolsonaro com o presidente da Assembleia de Deus em São Paulo, pastor José Wellington Bezerra da Costa - Marcos Corrêa/Divulgação Presidência da República

No dia em que recebeu o presidente Jair Bolsonaro (PL), na terça-feira (4), a direção da Assembleia de Deus declarou que vai punir fiéis que defenderem pautas de esquerda. O alerta foi emitido em um informe assinado pela 49º Assembleia Geral Ordinária da Convenção Fraternal das Assembleias de Deus de São Paulo (Confradesp).

A carta ameaça representar membros contrários à ideologia defendida por Bolsonaro ao conselho de ética para que sejam aplicadas de medidas cautelares. O alvo seria àqueles que "defendem pautas de esquerda dentro da cosmovisão marxista", sob a justificativa de se basear em uma "filosofia em choque com princípios cristãos".

A convenção é comandada por José Wellington Bezerra da Costa, pai do deputado federal bolsonarista Paulo Freire da Costa (PL). O documento ainda destacou outros pontos para influenciar o voto dos fiéis. Segundo a Folha de S. Paulo, que obteve acesso ao circular, a diretoria da Assembleia de Deus rechaçava a participação de Lula (PT) na eleição e reforçava o "apoio expresso" do ex-presidente a "religiões demonistas".

Carta do Ministério do Belém da Assembleia de Deus diz que membros que defenderem 'pautas de esquerda' serão punidos, porém a carta contém diversas informações falsas já desmentidas pela esquerda — Foto: Reprodução


De acordo com os líderes evangélicos, a candidatura do petista "defende pautas favoráveis à desconstrução da família tradicional, à legalização total do aborto, à erotização das crianças, à ideologia de gênero, à liberação das drogas ilícitas, à relativização da Bíblia Sagrada, à censura à liberdade religiosa e ao aparelhamento da educação com ideologia marxista". Contudo, nenhum dos pontos é abordado no plano de governo do ex-presidente.

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