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Marina Silva declara apoio a Lula para presidência e os dois defendem Brasil protagonista no clima

Lula e a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, concedem entrevista coletiva à imprensa, no escritório político da coligação Brasil da Esperança, em São Paulo (SP). Gleisi Hoffmann e Geraldo Alckmin estiveram presentes. Foto: Ricardo StuckertDivulgação / Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ex-ministra Marina Silva (Rede), do Meio Ambiente, anunciaram nesta segunda-feira (12) uma aliança para as eleições de 2022. Eles negaram ter se afastado “pessoalmente” no passado, justificaram o reencontro nestas eleições como um ato em defesa da democracia e defenderam a posição do Brasil como “protagonista” da agenda climática internacional.

“Eu e o presidente Lula nunca deixamos de estar próximos e conversar, inclusive em momentos dolorosos de nossas vidas, isso para dirimir qualquer afastamento em termos pessoais. Nosso reencontro político e programático se dá diante de um quadro grave da história política, econômica, social e ambiental do nosso país”, disse Marina em entrevista à imprensa realizada na capital paulista.

Lula, por sua vez, pontuou que nunca esteve muito “distante politicamente e ideologicamente” da ex-senadora. Ele disse que o reencontro é importante por conta do “momento político violento” que o Brasil vive.

Durante a entrevista, o petista anunciou que irá agregar em seu plano de governo uma série de medidas propostas por Marina. Lula classificou o programa apresentado por ela como “ousado” e defendeu que o Brasil seja “protagonista” da agenda global de combate às mudanças climáticas.

“Este país tem que virar protagonista internacional na questão do clima. Não tem nenhum país que tenha condição de virar protagonista internacional, de ajudar a criar política e de não querer transformar a Amazônia em um santuário. A Amazônia tem que ser estudada, pesquisada soberanamente sobre o controle do Brasil. Mas nós precisamos compartilhar com a ciência do mundo o estudo da riqueza e da biodiversidade daquela região”, disse.

Ao ser questionado sobre propostas específicas para o Ministério do Meio Ambiente, o presidenciável afirmou que seu governo adotará um tratamento “transversal” para o tema. “Todos os ministros terão obrigações com a questão climática”, explicou.

A relação entre Marina e Lula

Marina Silva foi ministra do Meio Ambiente de 2003 a 2008, durante os governos de Lula. Ela deixou a pasta e o Partido dos Trabalhadores após divergências políticas com o ex-presidente.

O estopim para sua saída do governo se deu em maio de 2008. Pouco antes do lançamento do Plano Amazônia Sustentável (PAS), ela foi informada por Lula de que a coordenação do conselho gestor do programa seria direcionada ao Ministério dos Assuntos Estratégicos.

Marina viu a decisão como um sinal de que o então presidente não mais apoiava suas medidas de combate ao desmatamento na Amazônia. A saída inesperada surpreendeu e irritou Lula na época.

Ela se desfiliou do PT em 2009 e disputou a Presidência pelo PV em 2010. Quatro anos mais tarde, concorreu pelo PSB contra Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSBD). Naquele momento, acusou petistas e tucanos de se unirem em “campanha desleal” para atacá-la. No segundo turno, declarou apoio ao ex-governador mineiro.

CNN

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