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Angelo Branco crítica fechamento dos portões de Maria Farinha pelo grupo Votorantim

Foto: Divulgação

Há mais de um mês, a maior parte da praia de Maria Farinha, em Paulista no litoral norte de Pernambuco, está fechada impedindo o fácil acesso da população a única praia da cidade que ainda se encontra uma faixa de areia para realização de atividades de lazer. Isso ocasionou enormes prejuízos para os trabalhadores da praia que já vêm sofrendo com o baixo movimento de banhistas desde a contaminação com petróleo em 2019 e a Pandemia em 2020.

O terreno que já era utilizado há cerca de 40 anos pela população é agora alvo dos interesses privados do grupo Votorantim isolando um trecho de mais de 1,2km. Isso contraria o plano de gerenciamento costeiro que define acessos a praia a cada 250 metros. Recentemente a prefeitura da cidade de Paulista anunciou seu apoio ao empreendimento imobiliário para mais de 100 mil pessoas que será lançado pela empresa numa área de mata, dunas, manguezal e restinga. Afetando diretamente os pioneiros do turismo na cidade e as comunidades que sobrevivem a partir desses ambientes, através da catação de caranguejos, mariscos e pesca. São mais de 70 estabelecimentos entre as praias de Conceição e Maria Farinha que não foram incluídos no projeto de ocupação do solo.

"A Votorantim fala que o projeto de empreendimento é sustentável mas não dá detalhes, além do forte impacto ambiental sem o licenciamento ambiental que deveria ser feito pela CPRH (Agência de Recursos Hídricos e Meio Ambiente de Pernambuco) também não leva em consideração os comerciantes que vivem do turismo há décadas na região. Não existe projeto sustentável sem estudo de impacto e participação da comunidade local. Esse empreendimento é um trator passando por cima de dezenas de famílias que dependem da praia para tirar o seu sustento diário, tudo isso com a chancela do prefeito Yves Ribeiro (MDB)." Afirma o ambientalista Angelo Branco (REDE) candidato a deputado federal. O Ministério público de Pernambuco deu um prazo até 31 de outubro para a reabertura da área, e até a publicação dessa matéria nada foi feito. A praia continua sendo praticamente particular.

O coletivo ambiental Salve Maria Farinha está coletando assinaturas para barrar essa ação de construção do empreendimento na justiça através de uma petição on-line.

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