Paiva Netto |
A Caridade é o conforto de Deus para as Almas e o
relacionamento cordial entre criaturas que firmemente desejam a preservação
deste mundo. Ela é uma função espiritual e social, não apenas um ato particular
de socorrer apressadamente o mais próximo. É uma política dignificante, um
planejamento humanitário, uma estratégia, uma logística de Deus, entendido como
Amor, a nós oferecida, de modo que haja sobreviventes à cupidez humana. A
Caridade é a Força Divina que nos mantém de pé. Sabemos, e basta ir ao
dicionário, que Caridade é sinônimo de Amor. Portanto, é respeito,
solidariedade, companheirismo, cidadania sem ferocidades.
Por isso, a Legião da Boa Vontade (LBV) e a Religião de
Deus, do Cristo e do Espírito Santo não têm medido esforços para corajosamente
proporcionar socorro espiritual e material a milhares de famílias que passam
por suas provações físicas, emocionais, psicológicas e, sobretudo, espirituais.
Isso graças à incansável ajuda do povo. Não descansaremos um segundo sequer no
cumprimento da tarefa a nós designada por Deus. O nosso muito obrigado pela
confiança!
Desde os primórdios da LBV e da Religião Divina, na década
de 1940, o saudoso fundador desta Casa, Alziro Zarur (1914-1979) — que iniciou
o programa radiofônico Hora da Boa Vontade, em 4 de março de 1949, pregando o
Apocalipse de Jesus —, deixou claro que essas Obras de Boa Vontade foram
forjadas para servir de luzeiro de Esperança à humanidade, ao atravessarmos os
episódios difíceis há tempos antevistos do fim de ciclo apocalíptico no qual
nos encontramos.
Nestas décadas de pregação ecumênica, tanto dele quanto
minha, temos fraternalmente alertado para os graves fatos anunciados nas
profecias bíblicas, desde a Gênese Mosaica ao Livro da Revelação, bem como em
tomos sagrados das respeitáveis tradições espirituais, sem deixar de fora os
profetas laicos de diversos setores do pensamento criador. Vamos humildemente
servindo de atalaia, fazendo ressoar bem alto a trombeta, conforme registrou o
Profeta Ezequiel (capítulo 33).
Voltando nosso olhar especialmente para o Último Livro da
Bíblia Sagrada, pergunto: qual é a sua grande mensagem? Muitos, por
desconhecimento ainda, poderão apressadamente responder: “é um recado de
terror!” Todavia, seu principal brado é o da Esperança! O Apocalipse é uma
carta amiga do Supremo Governante do planeta Terra, Jesus, a todos avisando dos
perigos e das ciladas nos caminhos que os povos têm teimado em trilhar, e das
consequências de nossos atos. Portanto, fornece também os mecanismos da
remissão plena, a partir das Boas Obras que praticamos, inspiradas pela notícia
mais importante de todos os tempos:
12 E repete o
Cristo: Eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para
retribuir a cada um segundo as suas obras.
13 Eu sou o
Alfa e o Ômega, o primeiro e o último, o Princípio e o Fim.
14
Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro de
Deus, para que lhes assista o direito à Árvore da Vida Eterna, e para entrarem
na cidade pelas portas.
(Livro da Revelação, 22:12 a 14)
Em As Profecias sem
Mistério (1998), assim escrevi:
O Apocalipse não fecha a porta da salvação para ninguém. O
carma não tem mais poder que o Amor e a Fé quando verdadeiros, porque, na hora
certa, podem modificá-lo, porquanto ele significa: causa e efeito. Ora, mudada
a causa, corrigido o efeito. Nada mais, nada menos. O Livro das Profecias
Finais apenas adverte, na forma eloquente da linguagem profética, a respeito do
figurino ético-espiritual que o ser humano não deve vestir, para que os
resultados não lhes sejam funestos.
José de Paiva Netto
― Jornalista, radialista e escritor.
0 Comentários