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QUEM VOCÊ É QUANDO NINGUÉM ESTÁ OLHANDO?

Imagem: Reprodução

Você já se viu tentando provar algo ou justificando? O que será que nos leva a sermos melhores ou superiores de alguma forma no nosso dia a dia? Embora nenhuma pessoa precise provar nada a ninguém, ainda tem aquelas que pensam que podem sim e agem em função disso.

Esse comportamento de alguma forma é um sinal evidente de insegurança. Principalmente quando existe um grande abismo entre a forma como nos vemos e como queremos ser vistos, podemos classificar na psicanalise o IDEAL DO EU. No fundo, o que existe é um profundo desejo de aceitação, fazer parte do grupo ou clã. Assim sendo, ao invés de sentir que não precisamos provar nada a ninguém, somos arrastados pelo sentimento oposto. Quando isso ocorre, nos deparamos com essa falta e inconscientemente precisamos provar que somos melhores do que eles em algum aspecto. O que conseguimos no final é uma alegria vazia e distorcida desse EU.

O botão de tudo isso é no amor próprio. Muitos acreditam que o amor próprio é o egoísmo, o narcisismo ou a arrogância. No entanto, a realidade é o contrário. Pensar em você como prioridade é um ato de amor, esse comportamento é essencial e quanto mais existe menor será a necessidade de querer depender do outro. Isso significa que o sentimento de valor não depende de algo externo e nem de realizações pessoais, mas sim de nós mesmos. A pessoa se sente valiosa como ela é, apenas pelo fato de ser e existir. Ser e demonstrar ser, duas realidades diferentes. Provar algo que não somos ou que somos envolve um enorme gasto de energias emocionais. A demanda nesses casos é a tensão interna. Daí para a depressão, há apenas um passo. A angustia é difusa e ter que construir e sustentar uma espécie de disfarce e depois depender da aprovação dos demais, validando é demasiadamente cansativo. Do outro lado tem os casos em que alguém procura mostrar que não é algo ou não sente algo para provar que não tem medo.

Tudo isso é uma consequência da não aceitação de si mesmo. Certos aspectos pessoais são rejeitados por razões neuróticas. Isso nada mais é que a rejeição, o desejo de ser “aceito” para satisfazer os ditos sociais, culturais e familiares. No íntimo o ideal do eu entra em confronto com o eu real. Tudo isso acontece no campo inconsciente sustentado pelo ego.

Na prática ninguém precisa provar nada a ninguém. Se existe este desejo, é porque há algo que está trincado ou ferido. A maior prova de confiança pessoal é ser você. A obrigação desproporcional de aceitação só leva a um ciclo vicioso em que nos sentimos presos cada vez mais. Afinal, as máscaras sempre acabam por serem descobertas ou desaparecerem.

E agora, você é real ou ideal?






Até a próxima.

Ana Gonçalo.

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