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SER FIEL A SI MESMO.


 



Precisamos ser fiéis a tantas coisas não é mesmo?

No relacionamento afetivo, fiéis aos amigos, fiéis à firma onde trabalhamos, fiéis a princípios éticos, fiéis a uma instituição religiosa, ou a um time de futebol, fiéis a uma determinada marca, a uma determinada disciplina, a um partido político… Quantas e quantas fidelidades. De forma alguma julgo essas escolhas, mas destaco uma postura que não é nem um pouco divulgada: fidelidade a si mesmo.

Fidelidade a si mesmo é uma postura que muitas vezes exige coragem. Significa perceber qual a minha necessidade ou anseio a cada momento, e dar um direcionamento na vida prática para isso. Parece simples? Deveria ser..

Por exemplo, em relacionamentos afetivos às vezes já a algum tempo não mais proporciona alegria, ao contrário, proporciona angústias e dor de cabeça, a pelo menos uma das partes. E ele ou ela muitas vezes, por não ser leal a si mesmo, não filtra o problema e vai arrastando aquela situação. A pessoa prefere ser fiel a um princípio ou a um dogma do que a ela mesma.

Como citado antes, ser leal a si mesmo exige autenticidade, sensibilidade e coragem.

Sensibilidade porque é necessário perceber. Afinal, o que sinto diante de uma determinada ideia ou de um determinado assunto? Sinto-me bem-disposto? Abatido? Apático? Inspirado? Enfim... é exatamente entender que muitas vezes as respostas para o direcionamento  das escolhas da vida estão mais evidentes do que parece. Coragem também. Preciso enfrentar muitas vezes o mundo de conceitos, do que é “certo ou errado” que existem em mim. Essas escolhas muitas vezes também implicam em não sermos compreendidos pelas pessoas a quem mais amamos. Não somos estimulados. Entretanto, cada vez mais questões de saúde aparecem, como doenças orgânicas e dificuldades psíquicas, que levam as pessoas às clínicas psicanalíticas ou à busca de distrações diversas, a fim de fugir desse conflito cujo palco é o próprio corpo (doenças psicossomáticas).

Você pode não perceber na maioria das vezes, mas a pessoa que mais te cobra na vida pode ser você. Levamos vidas cheias de obrigações, limites e expectativas. Não podemos falhar no emprego, deixar os amigos sem resposta no Whatsapp. Que tal dar uma colher de chá de vez em quando a você? Não se trata de ser complacente e aceitar passivamente tudo que nos acontece. O que sugiro neste post é um exercício de aceitação.

Precisamos entender que não é possível controlar tudo e quando alguma coisa não acontecer da maneira que queremos, é melhor aprender com aquilo. É muito bom ter vontade de ser uma pessoa melhor e fazer as coisas direito, mas nem sempre tudo sai da maneira como planejamos. Calma. Vai ficar tudo bem!

Contudo também vejo um lado sombrio em ser um projeto aberto: o de nunca ter certeza, sobretudo de ter tomado a atitude certa, de ter feito a escolha mais apropriada – aquela em que não me traio.

Levei muito tempo para entender que minha exclusividade não está simplesmente em mim, na minha cor de olhos ou nos meus talentos mais especiais. Ela está sempre acima de mim como um desafio, como um destino a que tenho de chegar, como uma nova história que tem de ser vivida talvez até reescrita. você é exclusividade.

Quando perceber que uma atitude qualquer vai afetar o seu dia, como medo, angústia, suor frio, tontura. Aí, vem o desejo de pegar carona nas preferências dos outros ou no estilo de vida deles, a famosa zona de conforto. Ai é a hora de gritar que não vai dar certo e lembrar-se que o seu molde foi quebrado, que ele é especial. Hoje não é ser só diferente dos outros, mas se faço alguma diferença nos outros.


“Existe apenas uma pequena parte do universo que você saberá com certeza que pode ser melhorada, e essa parte é você.”
-Aldous Huxley-


Se eu tivesse nascido pronta, não teria conserto.

E VOCÊ É FIEL A SI MESMO?


Até a próxima.




Precisa de ajuda? Entre em contato.

Ana Gonçalo.

Contatos para consultas: (81) 993570145
Instagram : psicanalista_anafreud
Pelo e-mail anacgcp@gmail.com

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