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ONDE VIVEM OS SEUS MONSTROS?

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Imagem: Divulgação

Gostaria de começar narrando o respeito e empatia que tenho por todos os temores de todas as pessoas. Muitas pessoas dividiram comigo o que as faz ter medo e me ponho no lugar de cada medo delas. Respeito inclusive quem diz que não tem medo e quem duvida se tem. É arrogância, acharmos que só porque vivemos tais experiências temos autonomia de falar.

Não tenho a intenção de falar sobre os medos leves se é que podemos chamá-los assim, aqueles que inclusive nos ajudam a nos preservarmos (era esse medo que protegia nossos ancestrais), tampouco sobre os medos intensos como Síndrome do Pânico e ansiedades graves, TAG (transtorno de ansiedade acelerada), os que nos adoecem muitas vezes gravemente.

Medo significa uma espécie de alteração diante da ideia de que se está exposto a algum tipo de perigo, que pode ser real ou não. Pode-se entender ainda o medo enquanto um estado de ansiedade, de atenção, esperando que algo ruim vá acontecer. Quando o organismo reage de forma exagerada ao medo e se coloca em alerta diante de algo que se acredita ser uma ameaça o indivíduo transforma essa situação em estado patológico, (TAG). Então entendemos que o medo é uma sensação de extrema importância ligada a nossa sobrevivência, pois uma pessoa sem medo pode por em risco a própria vida, sem medir as prováveis consequências cruéis de seus atos.

Você concorda comigo que são muitos medos?… Afinal de contas, vivemos num clima hostil. Tudo que nos rodeia nos coloca no medo. Você liga a tv e em poucos instantes sente medo. Tensão, crimes, brutalidade, feminicídios, violência, roubo, demissões, mortes. Você conversa com seus pais e eles têm medo que você saia de casa, avance inclusive nas suas escolhas profissionais, tudo virou afronta. Seus amigos têm medo que você mude se arrumar um emprego novo pois o antigo é estável. O tempo inteiro estamos nos protegendo do medo de sofrer uma decepção amorosa. Tentamos ter segurança. Queremos estabilidade. Mas isso é impossível. Não somos dono de nada, tudo é impermanente.

Em alguns casos, o organismo reage de forma exagerada ao medo, fazendo com que esse estado de alerta se transforme em fobia. A fobia se trata de uma antecipação do medo ou da ansiedade. Sua característica mais importante é o esforço da relação que o sujeito estabelece com o mundo que o cerca. No caso da fobia, o medo não prepara o indivíduo para decidir entre lutar ou fugir, ele o paralisa, impede que se relacione com o objeto de seu medo.

Todos têm sombras E MONSTROS. São aquelas emoções que temos dentro de nós e não queremos olhar.
Apenas varremos para baixo do tapete, são essas sombras que nos mantém presos e paralisados.
Temos que olhar para elas. Não é um tratamento fácil, requer dedicação de paciente e a atenção do terapeuta, mas mostra resultados bastante significativos. Outro tratamento é com o uso da hipnose, que propõem a origem do medo ou da fobia em traumas do passado, reais ou imaginários. Nesses casos, quando se consegue compreender o trauma em seus mais diversos significados, os medos tendem a diminuir expressivamente, como: O Transtorno de Pânico, o Transtorno de Estresse Pós-Traumático, Anorexia, Bulimia e outros transtornos em que o medo está ligado às mudanças no corpo.

Desse modo, podemos concluir que o medo é necessário, pois ainda pode nos alertar para perigos reais ou não. Mas quando começa a afeta nossa vida de maneira irrealista, a forma de superarmos é enfrentá-lo. Para isso é preciso muitas vezes da ajuda de um profissional preparado e experiente que irá nos guiar nessa luta árdua, mas totalmente recompensadora!

O que você quer tanto fazer, falar ou experimentar e não faz por medo?

“SAIBA QUAIS SÃO OS MEDOS QUE VOCÊ PRECISA ENFRENTAR!” ( Calabrez Pedro)



Até a próxima.

Ana Gonçalo.

Contatos para consultas: (81) 993570145, pelo e-mail anacgcp@gmail.com

Siga no instagram : @psicanalista_anafreud

 

 

FONTES:  Clóvis de Barro e Pedro Calabrez. EM BUSCA DE NÓS MESMOS.( 2018)

    


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