Direito de divulgação. |
Luto é um período de modificações e de adaptação após perdermos algo ou alguém que era importante para nós. A perda de um ente querido, do emprego de anos, o rompimento de uma relação amorosa ou de amigos, a perda de um bem material ou até mesmo na mudança para outro país. Durante este tempo reaprendemos e descobrimos uma força que nem imaginávamos ter. Aprendemos como viver sem. Embora seja emocionalmente difícil, o luto é um processo natural e não se justifica interferir em todos os casos.
Não existe dor grande ou pequena, apenas insuportável para quem está passando. A família e amigos são de extrema importância, mas, como todo processo íntimo, é individual e solitário. NÃO existe tempo determinado, cada individuo passa pelas fases no seu tempo. Porém a maioria procura ajuda na terapia.
Frequentemente aqueles que buscam ajuda apresentam dificuldade em:
- lidar com as perdas traumáticas,
-Vulnerabilidade pessoal,
-Falta de apoio social,
-Adoecimento físico relacionado à perda,
- Presença de Transtornos Psiquiátricos,
-Aceitar a nova realidade,
-Assumir a nova condição.
A terapia visa à prevenção de complicações associadas ao luto, melhorando a qualidade de vida e oferecendo ajuda ao enlutado para seguir, diante dessa nova posição imposta pela perda.
Além disso, visa tratar a pessoa que se vê reprimida ou severamente afetada pela perda, cujo funcionamento do cotidiano está comprometido do ponto de vista psicológico, físico e social. Durante o tratamento, a terapia ajuda o enlutado no processo de fortalecimento, desenvolvendo portas de enfrentamento para um novo começo. As 5 fases do luto, propostas pela psiquiatra suíça Elisabeth Kübler-Ross são:
Fase 1) Negação
Seria uma defesa psíquica que faz com que o sujeito negue o problema.
É comum a pessoa também não querer falar sobre o assunto.
Fase 2) Raiva
Nessa fase é a revolta que predomina, se sente injustiçada e não se conforma por estar passando por isso.
Fase 3) Depressão
Já nessa fase a pessoa se retira para seu mundo interno, isolando, chorando e se sentindo incapaz diante da circunstância.
Fase 4) Barganha
Essa é fase que o indivíduo acaba querendo dizer que será uma pessoa melhor se sair daquela situação. É como discurso “Vou ser uma pessoa melhor, serei mais gentil e simpático com as pessoas, irei ter uma vida saudável”.
Fase 5) Aceitação
É o estágio em que o indivíduo não tem desespero e consegue enxergar a realidade como realmente é, ficando pronto para enfrentar a perda ou a morte.
É importante explicar que não existe uma sequência ou estágios de luto, mas é comum que as pessoas que passam por esse processo apresentem pelo menos duas dessas fases. E não necessariamente as pessoas conseguem passar por elas completo, algumas ficam estagnadas em uma das fases que citei.
O papel do psicanalista é identificar e ajudar a pensar junto, promover uma memória saudável sem peso com o paciente em qual o estágio ele se encontra. A resolução do estágio exige a vivência de sentimentos e pensamentos que o indivíduo evitava. A tarefa do psicanalista é deixar que o paciente viva o luto. Importante é buscar ajuda nesse momento delicado, compartilhar a dor, oferecer base segura para enfrentar essa perda, ouvir quantas vezes for necessária até fortalecer a autoestima, é uma adaptação à vida após a morte, até onde a saudade vire paz!
“Mesmo sabendo que um dia a vida acaba, a gente nunca está preparado para perder alguém” (Nicholas Sparks, autor)
A quem desejar maior aprofundamento no assunto, é recomendada a leitura da obra de Elisabeth Kübler-Ross, em especial o livro “Sobre a Morte e o Morrer”.
Até a próxima.
Precisa de ajuda? Entre em contato.
Ana Gonçalo.
Contatos para consultas: (81) 993570145
Pelo e-mail anacgcp@gmail.com
0 Comentários