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É provocador e faz uso da intimidação com necessidade de valorização.
Esse agressor, na grande maioria das vezes, vem de uma família "desestruturada", no sentido de não ter tido uma educação a partir de limites e regras. Isso o levou a ver na agressividade a melhor maneira de resolução dos problemas. Como se sente, em boa parte, insatisfeito, diminuído com sua própria posição, busca a humilhação do outro para evitar o contato com suas próprias fraquezas.
A agressividade, tão comum do Bullying, é um comportamento que aparece desde muito cedo quando buscamos chamar a atenção para nós mesmos.
Se o bullying, então, é um indivíduo agressivo, é porque aprendeu a reagir a uma situação em que ele próprio seja o excluído, então exercem suas ações sempre no contexto de uma disputa, quase sempre para tentar justamente, contra a vítima de diversas maneiras. Batem, provocam, usa palavras depreciativas, fofocam, mentem, ofendem entre outras...
A vítima sofre consequências incalculáveis e muitas vezes com sequelas até a fase adulta como: baixa autoestima, transtornos emocionais, problemas psicossomáticos, depressão, ansiedade, fobias, e dificuldade no sono.
Nesse cenário, campanhas educativas pouco resolvem, pois o bullying não está linkado a sexo (embora seja mais praticado pelo sexo masculino) ou poder aquisitivo, faz-se presente em quase todo contexto.
A experiência é covarde e violenta e deve ser tratada, também, com rigor. É claro que, por outro lado, precisam de tratamento. O acompanhamento terapêutico psicanalítico se torna indispensável.
Levando-se em conta este perfil podemos ainda adicionar que um dos mecanismos de defesa presentes na atitude do Bully é a "projeção", um conceito bem desenvolvido pela psicanalista austríaca Melanie Klein que fala claramente que ‘’ o indivíduo arrisca livrar-se de parte de si que consideram insuportáveis e as projeta no outro’’. É nesse “outro” que incidem as identificações projetivas (como sentimentos de raiva e inferioridade) Trata-se de um mecanismo muito comum em casos psicóticos, mas também, nas situações de discriminação, exclusão e preconceito.
É comum que as instituições, escolas, empresas se mobilizem para acolher, escutar e proteger os que sofrem. Não está errado.
No entanto o responsável pelas as agressões expressa muita fragilidade psíquica por isso é fundamental validar os sentimentos dele.
Não a prática.
Fique atento ao comportamento recluso ou agressivo de quem convive com você. Esse texto tem como objetivo trazer uma reflexão não apenas para a vítima, mas também para quem pratica.
Até a próxima.
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Ana Gonçalo.
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Citações e pesquisas:
Notas sobre mecanismos esquizoides- CID 10
A Psicanálise da criança- Melanie klein
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