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Saiba qual próximo passo do impeachment de Donald Trump

Câmara aprovou a abertura do processo de afastamento do presidente dos EUA a uma semana do fim do mandato

Foto: AFP


A Câmara dos Representantes aprovou na quarta-feira (13) a abertura do processo de impeachment contra o presidente Donald Trump, a uma semana do fim de seu mandato, com 232 votos a favor e 197 contra. Esse resultado contou com apoio de 100% dos democratas e mais 10 votos dos republicanos, o mesmo partido do presidente.

Agora o processo seguirá ao Senado que julgará se o atual presidente deve ser afastado do cargo. Após a análise da acusação de "incitar a insurreição", os senadores votam e, se for aprovado por dois terços dos 100 votos, o impeachment será confirmado. Como o poder legislativo está em recesso até a véspera da posse de Joe Biden, que acontece em 20 de janeiro, o processo seguirá após Trump deixar a Casa Branca.

Em 2019, a Câmara também aprovou o impeachment contra o presidente, mas foi barrado no Senado, onde o Partido Republicano possuía a maioria das cadeiras. O cenário desta vez é diferente, pois senadores do partido do presidente já demonstraram que devem mudar de lado e votar junto com os democratas pelo impeachment.

Consequências do Impeachment

Se passar pelo Senado, não será possível retirar o presidente do cargo por já ter finalizado o seu mandato. Mas as consequências políticas poderão ser negativas para Trump.

O bilionário pretendia se candidatar novamente nas eleições presidenciais de 2024, mas pode perder os direitos políticos e ficar barrado de concorrer novamente se sofrer o impeachment. Na última eleição, mais de 70 milhões de norte-americanos votaram em Trump para presidente.

Outra consequência seria a perda dos benefícios oferecidos aos ex-presidentes dos EUA, como uma pensão anual pelo cargo na Casa Branca, que é de 200 mil dólares, mais de R$ 1 milhão, e a proteção do Serviço Secreto.

As acusações

Trump entra para a história norte-americana como o primeiro presidente do país a ter a abertura de dois processos de impeachment.

O primeiro aconteceu no fim de 2019 e foi motivado pela descoberta de que o presidente havia pressionado o governo da Ucrânia para fazer investigações que pudessem incriminar Joe Biden, que na época era pré-candidato do Partido Democrata, e assim favorecer sua campanha de reeleição.

A acusação de "incitar a insurreição" foi resultado da invasão do Capitólio por manifestantes trumpistas que tentaram impedir que Biden fosse certificado presidente. Momentos antes da ação, Trump fez um comício em Washington e incentivou que fosse feito algo para contestar o resultado da eleição de novembro, que ele diz ter sido fraudada, mesmo sem apresentar provas.

A ação dos apoiadores do presidente terminou com cinco pessoas mortas. Uma das invasoras foi baleada no pescoço no momento em que tentava invadir um corredor do Congresso e morreu.

Fonte: R7

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