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Mulheres do bairro de Santo Amaro participam de Oficina de Design Sustentável na sede da Compesa

Foto: Divulgação

Ao finalizar o tapete que costurou reaproveitando uniformes antigos e tecidos reutilizáveis, a artesã Marli Trindade, 61 anos, soma aprendizados e também enxerga novas oportunidades de geração de renda para a família. “Apenas meu marido tem emprego fixo, então penso em comprar uma máquina de costura e começar a fazer umas peças para vender, participar de feirinhas de artesanato, assim posso ajudar em casa”, disse Marli. Ela é uma das 20 moradoras do bairro de Santo Amaro, Recife, que participam da Oficina de Design Sustentável para criação de novos produtos a partir da reutilização de uniformes antigos. O trabalho de capacitação está sendo realizado dentro da sede administrativa da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), por meio Programa Cidade Saneada, em parceria com a BRK Ambiental e Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).

As aulas, que iniciaram no dia 13, terminam na próxima sexta-feira (24), contemplando gratuitamente o total de 40 horas de capacitação. A oficina é realizada, no horário da 13h às 17h, na unidade móvel do Senai instalada dentro da área de vivência do Centro Administrativo da Compesa, em Santo Amaro. Para a maioria das alunas, esta não só é a primeira experiência com o reaproveitamento de restos de confecção que seriam descartados, como também os primeiros aprendizados de corte e costura e para utilizar máquinas como a de costura reta industrial, costura reta zig zag e overloque. A partir desse conhecimento, as alunas já produziram artesanalmente necessaires, bolsas, tapetes e pesos de porta. “Tem muitas fábricas que jogam no lixo o resto de tecido, então podemos pedir para doar pra gente trabalhar e criar nossos produtos. Assim também ajudamos a cuidar do meio ambiente”, avalia Sheila Carvalho, 32 anos.

A Oficina de Design Sustentável busca promover a reciclagem e a educação ambiental estimulando a formação de multiplicadores da sustentabilidade, da cultura de saneamento e do consumo consciente. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o Brasil gera resíduos sólidos em quantidade semelhante a países desenvolvidos, contudo, o padrão de descarte não evoluiu. Há pouca reciclagem e um enorme volume de resíduos é destinado para aterros, contribuindo para a contaminação de solos e corpos hídricos, e a proliferação de doenças.

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