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Ansiedade: Como lidar com a emoção que mais causa transtornos mentais



A incerteza da existência é um fato do qual não se pode escapar. Para quem não consegue viver sem o controle sobre as situações do cotidiano essa afirmação deve parecer preocupante.

Mas afinal, quem nunca sentiu aquele friozinho na barriga ao se preparar para uma apresentação em público? Ou ficou sem conseguir dormir direito depois que o namorado (a) soltou a seguinte frase: “Preciso conversar com você amanhã”?

Fisicamente, a ansiedade pode se manifestar de diversas formas além das citadas nos exemplos acima. Por exemplo: tremor, palpitação e respiração acelerada.

Um estudo da Mental Health Foundation, no Reino Unido revela dados curiosos sobre o tema, na atualidade:
  • 37% dos adultos que participaram da pesquisa sentiam-se mais assustados e ansiosos do que em épocas anteriores de suas vidas.

  • 29% relataram mudança de comportamento em momentos de ansiedade, dizendo-se impossibilitados de fazer que gostariam de ter feito.

  • 75% concordaram que o mundo havia se tornado um lugar mais assustador nos últimos 10 anos.

Embora poucos saibam, a ansiedade é uma emoção. Assim como a raiva, a alegria e o medo, não deve ser considerada  necessariamente um problema.

Ela faz parte de uma função adaptativa de sobrevivência da espécie humana, uma reação instintiva que desenvolvemos ao longo de milhares de anos para nos proteger de ameaças.

Essa emoção nos prepara para situações de perigo, quando temos que decidir o que vamos fazer em seguida: “lutar” ou “fugir”.

Então, se você está lendo esse texto, só o faz graças à ansiedade, que lhe protegeu inúmeras vezes de perigos reais ao longo da vida e foram sabiamente evitados.

O problema surge quando a emoção se agrava e se repete com uma frequência  maior.

Os reflexos disso são percebidos na importância exagerada que damos a algumas ocasiões, nos sintomas físicos  e na incapacidade de realizar determinadas atividades, como relataram os entrevistados da pesquisa que apresentamos.

O psicólogo Peter Lang elaborou o que chama de “Modelo Tridimensional para a Ansiedade”, onde classifica 3 formas de manifestação:

  • O que dizemos e como pensamos: preocupar-se com um problema ou comunicar o medo.

  • O modo como nos comportamos: evitar certas situações ou estar sempre em alerta.

  • Mudanças físicas: batimentos cardíacos acelerados, respiração curta, expressão facial.


Freud, o fundador da Psicanálise, detalhou esse assunto em seus textos sobre a “neurose de angústia”, como era chamada originalmente.

Segundo Freud, a angústia neurótica ocorre quando não conseguimos controlar ou gerenciar nossos desejos instintuais, que por consequência são reprimidos (banidos para o inconsciente).

Ele afirma ainda que o nosso primeiro encontro com o perigo é o trauma do nascimento, e que toda a “ansiedade” que sentimos ao longo da vida é uma reprodução desse acontecimento.

Em casos mais agudos, pode-se  desencadear os transtornos psíquicos a seguir:


  • Fobia - Medo ou  aversão intensa e persistente a determinado objeto ou situação.

  • Fobia social - Ansiedade desencadeada pela exposição pública, por achar que se está sendo avaliado(a) negativamente, humilhado (a) ou constrangido (a). Esse é o tipo mais comum.

  • Transtorno/Síndrome do pânico - Fortes sensações de que se está prestes morrer de ataque cardíaco, sentimento de perda de controle, enlouquecimento ou perda de consciência.

  • Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) - Estresse ou preocupações excessivas originadas de pensamentos que alimentam a ansiedade.

  • Transtorno obsessivo compulsivo (TOC) - Medo da perda de controle ou ser responsável por algo terrível para si ou para os outros. Além dos pensamentos torturantes e contínuos, ocasiona a repetição obsessiva de comportamentos.

  • Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) - Causado por um trauma real e forte demais para o sujeito que o vivenciou. Acarreta ansiedade através de pensamentos, lembranças ou sintomas relacionados à experiência traumática.

O tratamento de cada caso deve ser avaliado com cuidado e responsabilidade. Recomenda-se a terapia (com um psicanalista ou psicólogo) para alcançar resultados duradouros.

Porém, não se deve descartar o uso de medicação, se necessário. Nos referimos a antidepressivos e ansiolíticos, como o famoso Rivotril.

Quem deve prescrevê-los é um psiquiatra, pois só ele saberá informar a dosagem correta. Fique atento (a) a possíveis efeitos colaterais e evite o uso indiscriminado.

Também é possível utilizar os recursos da terapia e da medicação em conjunto, dependendo da gravidade ou da estratégia de tratamento.

Para lidar melhor com a ansiedade no dia-a-dia, aliviando seus sintomas, considere desacelerar.

É essencial que você mude o estilo de vida. Aí vão algumas dicas para colocar em prática:


  • Yoga

  • Dieta saudável

  • Mindfulness

  • Exercícios aeróbicos

  • Meditação

  • Hipnose

  • Regulação das horas de sono (8h/dia)

Aliadas aos tratamentos adequados com profissionais de saúde mental, essas atividades permitirão eliminar ou reduzir consideravelmente os sintomas da ansiedade, para uma melhor qualidade de vida.

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