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Com segunda maior bancada, PSDB deve escolher vice-presidência do Senado

Eleição está marcada para 1º de fevereiro e PMDB, com maior número de parlamentares, quer fazer sucessor de Renan na presidência; indicações para cúpula devem observar tamanho das bancadas.

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), durante o julgamento de Dilma no processo de impeachment, em agosto do ano passado (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

G1 - A uma semana da eleição que vai definir o novo presidente do Senado, o PSDB, que forma a segunda maior bancada da Casa (12 parlamentares), deve optar por indicar o senador que ocupará a vice-presidência.

O regimento do Senado prevê que os cargos da Mesa Diretora devem ser ocupados conforme o tamanho das bancadas, ou seja, os partidos com mais parlamentares têm a preferência na hora de fazer as indicações.

Os senadores que ocupam esses postos são os responsáveis por conduzir a Casa tanto política quanto administrativamente.

Na composição atual, o PMDB forma a maior bancada do Senado (19 senadores) e tem buscado o apoio dos demais partidos para eleger o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) novo presidente da Casa, sucedendo Renan Calheiros (PMDB-AL).

Com a decisão do PMDB, caberá ao PSDB fazer a segunda indicação para a Mesa.

Até agora, o partido estava em dúvida entre escolher a primeira-vice-presidência (que substitui o presidente em caso de ausência) ou a primeira-secretaria (responsável por gerir junto à presidência da Casa um orçamento de cerca de R$ 5 bilhões). Mas, segundo o G1 apurou, o partido deve optar pela vice-presidência.

O cotado

Embora o PSDB ainda não tenha dito oficialmente que optará pela vice-presidência do Senado, o G1 apurou que o partido deve indicar o senador Cássio Cunha Lima (PB), líder da bancada em 2016. Nos bastidores, parlamentares do partido têm avaliado que Cunha Lima está "preparado" para o posto.

Entre senadores do PMDB, o nome dele também tem aprovação, isso porque, para alguns parlamentares, Cássio Cunha Lima está "afinado" com as reformas propostas pelo governo do presidente Michel Temer, entre as quais a da Previdência Social e a trabalhista.

Diante de citações ao nome de Eunício Oliveira em delações relacionadas à Operação Lava Jato, o PMDB está preocupado com o futuro do senador e, por isso, prefere um parlamentar aliado ao governo na vice-presidência em vez de um senador da oposição - Eunício nega acusações de envolvimento no esquema de corrupção.

O PMDB teme que a situação do senador se agrave com o avanço das investigações e Eunício, a exemplo do que aconteceu com Renan Calheiros no fim do ano passado, seja afastado da presidência do Senado - o STF, posteriormente, rejeitou o afastamento.

O episódio com Renan Calheiros colocou em risco, por exemplo, a votação da PEC do teto de gastos, à época prioridade do Palácio do Planalto, uma vez que o então vice-presidente era Jorge Viana (PT-AC), que faz oposição a Temer

Outros postos

Além da vice-presidência do Senado, o PSDB também deverá ocupar a Quarta Secretaria da Casa.

É possível, ainda, que o partido passe a comandar a Comissão de Assuntos Econômicos e continue à frente da Comissão de Relações Exteriores.

No caso da Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante do Senado, o PSDB deverá ocupar a vice-presidência. O nome mais cotado é o de Antonio Anastasia (MG), relator do processo de impeachment de Dilma Rousseff no ano passado.

A liderança do partido no Senado deverá permanecer sob o comando de Paulo Bauer (SC).

Aumento da bancada

Atualmente, o PSDB conta com 12 senadores, mas esse número pode aumentar para 13. Segundo a assessoria de Eduardo Amorim (PSC-SE), o parlamentar está "trabalhando" para integrar a bancada tucana.

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