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Rede tem parecer favorável e em Alagoas terá Heloísa no comando

Processo de criação da nova sigla vai ao plenário do TSE; partido deve disputar próximas eleições

Primeira Edição

Companheiras de lutas desde os tempos em que militavam no PT, as ex-senadoras Heloísa Helena e Marina Silva têm motivos para comemorar: o vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio José Guilherme de Aragão, do Ministério Público Eleitoral Federal, acaba de emitir parecer jurídico a favor da criação da Rede Sustentabilidade. 

Esse é o nome atribuído ao partido que Marina Silva passou a organizar desde que deixou o Partido dos Trabalhadores. O pedido do registro da Rede no Tribunal Superior Eleitoral foi recusado em 2014, ano em que Marina Silva se lançou candidata à presidência da República, depois de ter saído como vice de Eduardo Campos (PSB) morto em acidente aéreo. 

O processo de criação da Rede Sustentabilidade segue agora para o plenário do Tribunal Superior Eleitoral – TSE – e está aguardando apenas a entrada na pauta de julgamento.

Marina Silva e Heloísa têm trajetórias políticas parecidas – e se parecem também na fragilidade da compleição física. Ambas foram militantes fortes dentro do PT, partido pelo qual se elegeram senadoras. Marina foi também ministra do Meio Ambiente do governo Lula. Heloísa foi expulsa do PT depois que se insurgiu contra medidas do governo Lula, dentre elas a taxação dos aposentados. Em seguida, HH criou o PSOL, que acabou sendo dominado por dissidentes do comando nacional.

Há duas semanas, em conversa com o jornalista Romero Vieira Belo, Heloísa Helena confirmou que estava saindo do PSOL e aguardava apenas a legalização da Rede. “Estou trabalhando para a consolidação da Rede”, disse a vereadora enquanto anunciava que não será candidata à reeleição no próximo ano.

A Rede, como é comumente chamada, não possui presidente no partido, mas dois porta-vozes, um dos diferenciais. O movimento nasceu junto com as manifestações de 2013, recebeu mais de 500 mil assinaturas de apoio e tem buscado contribuir para renovação do atual cenário político brasileiro, incentivando pessoas anônimas a participar ativamente da política e a construir uma nova forma de fazer política, distanciando o país da corrupção, da crise ética, política e econômica na qual está imerso.

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