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Pernambuco registra PIB de R$ 140,2 bilhões em 2014 e crescimento de 2% sobre 2013

Previsão do governo estadual era crescer entre 3,5% e 4%
Folha PE

Após prever o crescimento do produto interno bruto (PIB) pernambucano entre 3,5% e 4% para 2014, a Agência de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem) registrou R$ 140,2 bilhões, o que significa um aumento de 2% em relação a 2013. A taxa foi puxada pelos 2,5% de crescimento do setor agropecuário — que permanece como o maior colaborador — e pelos 2,3% dos serviços, mas teve sua menor contribuição no 1,5% da Indústria. Para o diretor-presidente da Condepe/Fidem, Flavio Figueiredo, o principal responsável foi o arrefecimento da economia no fim de 2014. "A desaceleração do terceiro trimestre do ano passado foi muito maior do que esperávamos. Mesmo assim mantivemos um crescimento de 2%, graças às bases de nossa economia", ponderou.
"Esperamos para este ano que o polo automotivo aumente o ritmo de produção, e isso ajude a incrementar o PIB do Estado, assim como a refinaria Abreu e Lima. A expectativa é que tenhamos uma recuperação mais rápida do que o Brasil", declarou Figueiredo. No primeiro trimestre de 2015, o crescimento em relação ao mesmo período do ano passado foi de 0,6%, com PIB trimestral de R$ 38,3 bilhões - a queda de 3,9% do comércio foi fator importante nesse resultado. O setor de serviços, responsável por 70% do PIB estadual, ficou estagnado. Para todo o ano, a expectativa de crescimento do produto interno bruto entre 0% e 0,5%.

Agropecuária
Segundo a agência, as fortes perdas da produção agropecuária devido à seca atual, especialmente em 2012, foram recuperadas apenas parcialmente nos anos de 2013 e 2014. O setor da agropecuária cresceu 2,5%%, tendo destaque a agricultura com crescimento, de 4,6%.
Nas lavouras permanentes, houve crescimento de 5,4% com as de uva, manga e banana recuperando-se parcialmente de dois anos consecutivos de estiagem. Já as temporárias de milho, feijão e cana-de-açúcar cresceram 4,4%, devido às condições climáticas mais satisfatórias que as dos dois últimos anos.
Já no primeiro trimestre de 2015, o crescimento da agropecuária foi de 8%, continuando o processo de recuperação já observado em 2014. As culturas de sequeiro (típicas do semi-árido), que mais sofreram os efeitos da seca recente apresentaram os resultados positivos mais significativos: Milho (86,1%), Feijão (45,1%) e Mandioca (15,5 %).
A pecuária local no primeiro trimestre de 2015, comparada ao mesmo período do ano anterior, apresentou um crescimento de 0,9%. Neste comparativo, os incrementos na produção de bovinos (1,3%) e avicultura (6,0%) foram os maiores destaques. A recuperação da pecuária ocorre em ritmo mais lento que na agricultura.

Indústria

O comportamento positivo da indústria pernambucana em 2014 - alta de 1,5% - foi resultado, segundo a agência, da significativa expansão dos “serviços industriais de utilidade pública” - ou seja, produção e distribuição de eletricidade, gás e água - com 13,9%. Em contraste, houve retração de -4,5% na construção civil e a estabilidade na indústria de transformação.

A maior contribuição positiva para o total da indústria de transformação decorreu da atividade de produtos alimentícios, com 9,8%. Também se destacam os impactos positivos provenientes da indústria papeleira (8,0%) e da indústria de bebidas (3,5%), especialmente pela maior fabricação de cervejas e chope.

Já a queda na Construção Civil decorreu, em grande parte, do arrefecimento da construção imobiliária, da fase de conclusão de algumas obras nos grandes empreendimentos industriais. O retardamento nos investimentos nas grandes obras de infraestrutura também foi outro fator importante.

No primeiro trimestre de 2015, a taxa de crescimento foi de 1,7%, desempenho foi bastante influenciado pelo comportamento positivo da Indústria de Transformação nesse período, que registrou uma elevação de 3,5% em relação ao mesmo trimestre do ano de 2014. Por outro lado, a indústria da construção civil apresentou uma queda de 5,3%, resultado influenciado, segundo a agência, tanto pela alta base de comparação, como pelos reflexos diretos da queda da demanda em setores de obras de infraestrutura e imobiliárias.

Serviços

No setor de Serviços, em 2014, houve um expressivo desempenho no valor adicionado bruto (VAB) dos transportes e armazenagem (8,7%), enquanto a administração pública registrou crescimento de 2,7% e o comércio 1,2%, impulsionado pelas magnitudes nos acréscimos nas vendas do varejo de artigos de saúde e higiene (16,7%), artigos de uso pessoal e doméstico (9,4%%) e móveis e eletrodomésticos (4,7%). Os Transportes cresceram 8,7%: Aéreo de passageiros cresceu 3,8% e de carga, 18,2% e os Transportes Terrestres 8,0% - todos foram influenciados pela Copa do Mundo, segundo a agência.

Nos três primeiros meses de 2015, as atividades do setor registraram estabilidade, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Os destaques positivos foram os crescimentos das atividades de Alojamento e alimentação e administração pública com crescimentos respectivos de 4,2% e 1,2%. Por outro lado, o comércio apresentou uma queda de 3,9% influenciada principalmente pelo desempenho negativo dos setores do de Hipermercados e Supermercados e Material de Construção, devido a influência da redução do consumo das famílias.

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