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Em nota, Tadeu diz que Cunha ‘fez ouvidos moucos’

Deputado voltou a chamar o presidente da Câmara de imperialista

Blog da Folha


Vice-presidente da Comissão Especial da Reforma Política, o deputado Tadeu Alencar (PSB) criticou a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), sobre a votação da Proposta da Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Política. O líder da Casa decidiu trazer a votação diretamente para o plenário. Segundo ele, o peemedebista “fez ouvidos moucos aos parlamentares e a sociedade brasileira”.
O socialista voltou a chamar Cunha de “imperialista” e disse ainda que a atitude do peemedebista é incompatível com um presidente de uma Casa Legislativa.
Leia a nota na íntegra:
Apesar dos sucessivos adiamentos da votação do relatório final – um claro sinal de manobras para desmerecer a Comissão Especial da Reforma Política – ainda tínhamos a expectativa de que o bom senso prevalecesse. Infelizmente, não prevaleceu. O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), numa atitude imperial, monocrática e “magnânima”, de total desrespeito aos deputados da comissão, ao relator e à sociedade civil – que acompanhou e participou destes nossos 90 dias de intenso trabalho – decidiu atropelar o relatório e avocar a votação da PEC da Reforma Política diretamente para o plenário. Trata-se de uma atitude incompatível com quem se propõe a presidir uma casa democrática, colegiada e de iguais como deveria ser a Câmara dos Deputados.
Durante três meses nós, da Comissão Especial, ouvimos especialistas, magistrados, cientistas políticos, os partidos, o Ministério Público Eleitoral, a CNBB, a OAB, sindicatos e representações classistas, inclusive de prefeitos e vereadores, em Brasília e em praticamente todos os Estados do Brasil, realizando audiências públicas e seminários. Tudo isso com o objetivo de atender ao clamor da sociedade, que foi às ruas pedir mudanças urgentes nos sistemas eleitoral e partidário do País. Só temos a lamentar que o presidente da Câmara tenha feito ouvidos moucos para esse clamor e menosprezado a todos, aos 34 colegas parlamentares integrantes da comissão – agredindo manifestamente as suas prerrogativas – e a sociedade civil brasileira.
Bem, a rigor, não somos nós da comissão que devemos explicações sobre este nada edificante episódio. Cumprimos o nosso papel. Minha solidariedade irrestrita ao deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), relator altivo e comprometido. O episódio macula a gestão do deputado Eduardo Cunha, mas não arrefece a nossa luta por uma reforma política que mude o Brasil!
Deputado Tadeu Alencar (PSB-PE)
Vice-presidente da Comissão Especial da Reforma Política

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