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Polícia fecha pontos clandestinos de venda de combustível em Escada

Um homem foi preso e levado para prestar depoimento no GOE.
Reportagem da TV Globo flagrou gasolina sendo vendida por até R$ 2.

G1 PE

gasolina3Depois da denúncia da TV Globo, nesta quarta-feira (17), uma operação foi deflagrada para combater a venda ilegal de combustíveis em Escada, na Zona da Mata Sul de Pernambuco.  A reportagem denunciava a venda clandestina em dois pontos diferentes do município - ambos foram desarticulados pela polícia. Foi preso um homem de 45 anos, apontado como dono de um dos locais. “Apreendemos mais de 2.500 litros de combustível, identificamos os dois proprietários, um deles está sendo ouvido aqui no GOE [Grupo de Operações Especiais] e esperamos, dentro de pouco tempo, localizar e prender o outro proprietário”, afirma o delegado Roberto Wanderley esteve à frente da operação.

No primeiro local, foi preciso arrombar a porta. Havia dezenas de recipientes, mas ninguém estava cuidando do local. Os policiais chegaram a ir à casa do homem suspeito de ser o dono do segundo ponto de vendas, mas ele não estava em casa. Um homem de moto ia chegando ao local e fugiu ao avistar os policiais. "A gente não sabe se ele era funcionário ou cliente que ia abastecer", disse Wanderley. Participaram da operação policiais da Delegacia de Defesa do Consumidor e do GOE e da Companhia de Operações de Recursos Especiais (Core), ambas da Polícia Civil. "Ao chegarmos ao galpão constatamos o grande volume de combustível. Fomos à casa dele, soubemos que ele tentou evadir-se, encontramos ele escondido em um canavial às margens da PE-15 e ele admitiu que vendia e armazenava o combustível e fazia isso há cerca de dois meses", disse o delegado Cláudio Castro, do GOE, responsável pela prisão do suspeito.

Roberto Wanderley diz que há muitas provas contra o segundo proprietário e que será emitido um mandado de prisão contra ele. “Os elementos de prova contra ele são enormes, nas imagens da reportagem e toda a prova material que a gente encontrou lá”, disse Roberto Wanderley. Segundo ele, a polícia quer saber se há participação direta das distribuidoras ou se o desvio ocorre por ação apenas dos motoristas. “Aí a gente vai ter que identificar cada motorista desse, cada distribuidora, para chegar aos responsáveis por abastecer cada um desses dois locais. E há indícios de que não sejam apenas esses dois locais. Outros devem atuar no mesmo sentido”, afirmou Wanderley.

“São 2.500 litros de derivados de petróleo localizados em casas contíguas com crianças, famílias, é um risco para a população, você tem um crime tributário e um crime para o consumidor porque não tem garantia de que produto exatamente está comprando”, explicou o delegado.
Dois inquéritos policiais foram instaurados, um através do ato de prisão em flagrante no segundo local mostrado pela reportagem. "Vamos juntar as provas que a gente conseguiu até agora e vamos pedir à Justiça um mandado de prisão. Esperamos que o suspeito se apresente antes disso, ou vai ficar como foragido", disse Roberto Wanderley. Um dos donos está prestando depoimento no GOE. "Ele está passando informações mais detalhadas em relação a nomes e locais onde comprava o produto", explica Roberto Wanderley. Segundo o delegado, a expectativa é de conseguir mais detalhes quando for localizado o segundo proprietário.

Entenda o caso
A reportagem do NETV 1ª Edição desta quarta mostrava dois pontos, em Escada, onde o combustível era armazenado precariamente e vendido por preços mais baixos do que os dos postos de gasolina. As pessoas chegavam com garrafas pet, baldes e outros recipientes e compravam o produto – gasolina, álcool e diesel. A movimentação era intensa nos locais, áreas residenciais da cidade.

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